“O cristianismo está sendo podado. Quero devolver o poder à igreja”, declara Trump
por Jarbas Aragão
Em fevereiro, Donald Trump então pré-candidato à presidência dos EUA, concedeu uma entrevista ao The Brody File, uma coluna de opinião de base conservadora. Na ocasião, o bilionário afirmou que desejava ver pastores que falando com mais ousadia nos púlpitos.
Por causa das políticas inclusivas do governo Obama, pairavam ameaças sobre aqueles que se posicionavam abertamente contra a ideologia de gênero e agendas liberais. Bandeira defendida pelos democratas, temia-se que seriam ampliadas com uma possível eleição de Hillary.
Agora que as pesquisas mostraram como o voto evangélico foi decisivo para a eleição de Trump, ainda que a mídia só divulgava pesquisas dando como certa sua derrota, as declarações contundentes voltaram a ser noticiadas.
Falando sobre a lei norte-americana que impede discursos políticos em organizações que não pagam impostos, como as igrejas, Trump afirmou estar preocupado que com isso “A igreja evangélica precisa ter mais poder. Já tiraram muito desse poder”, assegurou.
Falando sobre a lei norte-americana que impede discursos políticos em organizações que não pagam impostos, como as igrejas, Trump afirmou estar preocupado que com isso “A igreja evangélica precisa ter mais poder. Já tiraram muito desse poder”, assegurou.
Para o presidente eleito, essa regulamentação nunca deveria ter sido aprovada, pois contribui para diminuir a influência da igreja.
“Quero devolver o poder à igreja”, prometeu. “O cristianismo está sendo podado. Pouco a pouco estão acabando com ele”, declarou o republicano. “Quero ver pastores e ministros que se levantem com poder e defendam o cristianismo agora mesmo, pois não precisam ter medo de perder a isenção de impostos. Nós vamos cuidar disso”, insistiu.
Logo no início da campanha ele publicou um vídeo onde agradecia o apoio que recebera dos evangélicos e afirmou: “Não vou decepcionar vocês”.
Durante sua campanha, Trump prometeu defender os cristãos de todo o mundo. Ele já recebeu um pedido de cristãos do Oriente Médio que aja para impedir o genocídio religioso.
O novo presidente, que toma posse em janeiro, sempre se declarou cristão e conservador. Além disso, escolheu o evangélico Mike Pence como seu vice-presidente. Intransigente sobre questões como o aborto e o casamento homossexual, Pence esteve 12 anos no Congresso norte-americano e é governador do estado de Indiana desde 2013. Em entrevista recente, ele se descreveu como “cristão, conservador e republicano, por esta ordem de importância”.