sábado, 29 de setembro de 2012

A IGREJA DE CRISTO - parte I



Outro dia, escrevi um artigo intitulado “A Última Hora”, descrevendo fatos e acontecimentos prévios que antecedem a vinda do Senhor Jesus e que estão ocorrendo na forma que foi descrito e profetizado por homens de Deus, por Cristo e os Profetas.
         É claro que, em se falando das últimas coisas que antecedem a vinda do Senhor, não poderia deixar de fazer algumas reflexões sobre a Igreja, o corpo de Cristo.
A Igreja é uma instituição divina, como tal é amada por Cristo, é posse de Cristo, é inspirada n’Ele, se move pela unção do Espírito Santo e deve caminhar unida como corpo sob a direção de Cristo, o Cabeça de Igreja.
Quando nos referimos que Jesus é o Cabeça da Igreja, queremos dizer que Ele pensou na sua Igreja, Ele a arquitetou, projetou a sua Igreja com amor, para possuí-la, amá-la; em Mateus 16.18 está escrito “E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela”. Jesus Cristo é a Pedra (petra) sobre a qual a Igreja foi construída; Ele é a petra sobre a qual nós, como pedras numerosas, incluindo Pedro – o primeiro de muitas pedras,  participamos e compartilhamos da natureza e essência da petra, pela nossa confissão de fé.
Você que faz parte do corpo de Cristo, creia que por mais que as portas do inferno queiram avançar sobre você e a sua vida,  elas não terão poder, pois você está alicerçado no fundamento da igreja – Jesus Cristo, o qual te comprou por preço não perecível como o ouro e a prata, mas por preço de sangue, o sangue redentor  de Cristo, que purifica todo pecado.          Jesus Cristo é o nosso fundamento, n’Ele devemos permanecer (1 Coríntios 13.11 – “Porque ninguém pode colocar outro fundamento além do que já está posto, que é Jesus Cristo”).
A hora urge, e é necessário que cada vez mais busquemos a Cristo...e o levemos à outros que ainda não o conhecem em espírito e em verdade. Essa é a tarefa de cada um, enquanto igreja de Cristo: levar Jesus ao outro, levar as almas ao pleno conhecimento da Salvação.
Estamos vivendo um tempo em que as pessoas têm preenchido o tempo em busca de prosperidade econômica, material e financeira, mas esquecem de procurar o mais importante em suas vidas – o reino de Deus (“Mateus 6.33 - Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas”).
Evangelizar as almas tem se tornado uma tarefa árdua para muitas igrejas, devido à  dificuldade muitas vezes em se recrutar “soldados” para tal. A impressão que fica muitas vezes é que há um “cansaço” geral nas igrejas, uma apatia generalizada, reflexo, em alguns casos, do descuido de Pastores que devem estar à frente deste trabalho.
O Pastor deve dar o exemplo missionário do “ide” de Jesus Cristo, ele deve ser o primeiro a hastear a bandeira do  Evangelismo e estar à frente do Pelotão de Evangelizadores, para cumprir o principal propósito missionário da Escritura: cumprir o “ide” de Jesus Cristo, descrito nos Evangelhos de Marcos 16.15 e Mateus 28.19.
Igreja sem Evangelismo é igreja sem ânimo e sem a unção de Deus, pois não cumpre o mandamento do Senhor!
Para combater o desânimo e a indiferença espiritual, a bandeira do Evangelismo deve ser hasteada continuamente, assim como a oração (“orai sem cessar”). Lembro, neste momento, do amado irmão Franca, Militar da FAB, ao lado do qual tive a feliz oportunidade de conviver durante algum tempo, que hoje mora na Bahia, que era um servo ativo, realmente compromissado em semear a preciosa semente, a palavra de Deus. Dizia ele que onde estivermos, devemos falar de Jesus.
A igreja do Senhor precisa, mais do que nunca, falar de Jesus às almas. E para isso, ela não precisa de artifícios, de artimanhas, nem modismos, mais sim de pessoas que abram a boca e anunciem ao pecador que Jesus perdoa, que Jesus virá, que Ele salva e batiza com o Espírito Santo.
Ainda, mais do que nunca, precisamos extirpar do nosso meio a idéia de que a igreja precisa imitar o mundo para atraí-lo; esta é uma vereda extremamente perigosa e que não deve ser incentivada.
         A música do mundo tem entrado sorrateiramente em nossas igrejas.      Costumes e práticas mundanas, têm se infiltrado de mansinho nas colunas (Ministérios) da igreja. E o que dizer dos cultos solenes, aparatosos, cheios de câmeras, muitas vezes pomposos, onde tudo são  luzes, encantos e emoções, parecem Clubes Sociais do mundo, com a diferença que esses servem ao mundo, aqueles a Deus.
Como se não bastasse, ronda na frente das igrejas comprometidas com a sã doutrina, uma ideologia que diz que Cristãos não podem ficar doentes, sofrer ou serem economicamente  pobres, motivando ou dando origem a uma porção de crentes materialistas e interesseiros, manipulados por uma massa de manobra que usa o dízimo como promessa de prosperidade e salvação; seus adeptos também dizem que todo o sofrimento de Cristo já foi levado na Cruz do Calvário e o diabo deve ser responsabilizado por todo e qualquer desconforto entre os crentes.
Ora, no Evangelho do Apóstolo  Paulo aos Colossenses (Cl. 1.24) está escrito que o Cristão deve temer o sofrimento e tampouco negá-lo; também Jesus não negou esta realidade ao dizer “no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”, fica claro que teremos que lutar com as aflições, e é através delas que nós crescemos e prosperamos em Cristo até a sua volta, pois Cristo é a verdadeira prosperidade daquele que n’Ele crê.
Quando lembro todos estes fatos que envolvem a igreja em nossos dias, imagino o sofrimento e a tristeza de Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, quando teve que se manifestar publicamente muitas vezes, quando a igreja de Jesus esteve envolvida em coisas desagradáveis, e que a voz do Apóstolo foi necessária para recolocar a igreja no seu caminho natural: seguir a Cristo, autor e consumador da fé, guardando as coisas que ela, Igreja, tinha aprendido desde o princípio.
Por último, quero dizer que a Igreja, a noiva de Cristo, deve estar preparada, ornamentada, adornada, porque o Noivo breve virá, e todas as aflições, desilusões, tristezas, serão passadas.
Precisamos nesta última hora, orar e zelar pela unidade da Igreja, o  Corpo de Cristo. A comunhão no corpo de Cristo deve ser um anseio necessário.
Precisamos todos uns dos outros; quando a igreja ora unida e os membros interagem entre si, e há amor fraternal, há crescimento, vida pulsante em Cristo, então o Espírito Santo se move e opera maravilhas e acontecem curas, milagres e a igreja é edificada. Colossenses 3. 12,13,14 diz “Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.
E, sobretudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição”.
Na paz de Cristo!


Autor: Adilson Luis Machado

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