segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017


“Carnaval gospel” cresce no país e divide opiniões

Blocos tem 'abadeus' e cover de Mamonas Assassinas



"Carnaval gospel" cresce no país e divide opiniões

As igrejas mais tradicionais costumam fazer retiros espirituais durante o Carnaval, feriado cujo nome significa, literalmente, “festa da carne”. Mas há denominações que decidem aproveitar a multidão para pregar a palavra. Essa postura gera divisão entre muitos líderes.
O teólogo Marcelo Rebello, 44, explica que deveria prevalecer o bom senso: “O crente não tem que ir para o meio do povo e dizer que [os que bebem e se pegam] vão pro inferno”.
Presidente da Associação Brasileira de Empresas e Profissionais Evangélicos, Rebello também lembra que a festa nas suas origens era “muito atrelada a candomblé e umbanda” e como o crente “serve a um Deus único”, essas entidades (orixás) seriam uma afronta a evangélicos.

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Mesmo assim, o “Carnaval evangélico”, onde geralmente não se bebe álcool, parece ganhar força nas ruas do país.

São Paulo

Um dos blocos mas ativos é da Bola de Neve Church. A ponto de a prefeitura de Santos instituir, via lei municipal de 2014, o Dia do Evangelismo de Carnaval Bola de Neve.
Este ano, ela oferece os tradicionais uniformes de blocos, “abadás”, por R$ 30 (dinheiro) ou R$ 35 (cartão). Os fiéis reunidos numa espécie de “esquenta” na semana passada entoavam adaptações evangelizadoras de sambas e sucessos da música pop. Por exemplo, “Pelados em Santos”, do Mamonas Assassinas, teve o refrão mudado para “Jesus me deixa doidããããão”.
Cerca de 80% dos batuqueiros da Bola são ex-membros de torcidas organizadas. A estimativa é do corintiano Rodney Lopez, 35. Ele foi da Gaviões da Fiel, mas quando se converteu em 2006 preferiu entrar para a bateria da igreja. “Quando conheci Deus, algo fazia falta. Queria fazer o que fazia no mundo, mas dentro da igreja”, explica.
Todo os anos, a bateria da igreja percorre cerca de 10 km da orla santista. No ano passado, segundo o Corpo de Bombeiros, foram 18 mil pessoas. A festa deste ano, programada para dia 25, terá food truck, palco com música eletrônica e 12 camarotes para 14 pessoas (R$ 3.000 cada espaço), revela o pastor Eric Viana, 40, idealizador da Batucada Abençoada.
Durante um sermão recente, brincou com a plateia: “Quem é solteiro aqui? Então compra logo dois [abadás]!”. Em entrevista à Folha de São Paulo lembrou que começou a bateria por acreditar que não fazia sentido se isolar num retiro enquanto cidades eram tomadas por “toda a negatividade do Carnaval mundano”.
Entre os exemplos disso, aponta gravidez indesejada, motoristas alcoolizados, latinhas de cerveja na rua e namoros que terminam.
“A gente se sentiu bastante egoísta em viver a alegria de Deus refugiado disso tudo”, diz Viana, ex-metaleiro e usuário de drogas que mudou de vida ao conhecer Jesus 25 anos atrás. “Só depois percebi que a transformação não era por fora.”

Bahia

Já em Salvador, o bloco evangélico da Igreja Batista Missionária da Independência, marcará presença no Pelourinho este ano novamente. O destaque é a presença do funkeiro gospel Tonzão, do hit “Passinho do Abençoado”. Também estarão se apresentando o pagodeiro Waguinho, ex-Os Morenos, e o cantor Lázaro, ex-Olodum. No “abadeus” (abadá) do Sal da Terra, o mote é: “Jesus é a nossa alegria”.

Rio

No Rio de Janeiro, a Igreja Batista Atitude desfilará na orla do Recreio dos Bandeirantes o bloco Sou Cheio de Amor, como faz desde 2013.

Divisão

O exemplo mais recente de como essa questão gera divisão foi o cancelamento do polo gospel no Carnaval de Olinda (PE), um dos maiores do Brasil. Cerca de uma semana após ser anunciado, a união de fé e folia recebeu críticas de igrejas tradicionais.
Um dos elementos decisivos foi o posicionamento contrário da bancada evangélica da Assembleia Legislativa pernambucana. O deputado estadual Adalto Santos (PSB) reclamou ao prefeito, que também é evangélico, sobre o “prejuízo espiritual” do evento.
O pastor Josildo Ferreira, ligado ao Movimento Missões Urbanas Brasil, que idealizou a versão gospel do Carnaval, explica que a opção será distribuir 10 mil Bíblias durante os dias do feriado.

Onda Dura: a igreja que não parece igreja

 "Jesus não ouvia música cristã, não ia às festas cristãs, tampouco só conversava com cristãos. Reavalie o que é santidade", prega o pastor.


Onda Dura: a igreja que não parece igreja
A Onda Dura, ou apenas a Onda, é mais uma das chamadas igrejas alternativas que se multiplicam pelo país. Seu fundador, o pastor Filipe Falcão, o Lipão, atualmente contabiliza mais de três mil jovens nos cultos, em 12 cidades. Com a cabeça raspada, alargadores nas orelhas e as tatuagens que cobrem o corpo, ele associa visual descolado e ideias progressistas.
Sediada em Joinville, Santa Catarina, a igreja é focada na Geração Y, dos nascidos entre as décadas de 1980 e 1990. Talvez por isso, trate com certa naturalidade temas espinhosos como a homossexualidade e uso de entorpecentes.
“A Bíblia reprova essas atitudes, mas ninguém aqui vai falar ‘você é pior do que eu’. Se alguém chegar para mim e falar ‘sou gay, fumo maconha e não quero mudar’, respondo: ‘Beleza, pode continuar’. Não é uma pegada de imposição”, explica Lipão.

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Filho do pastor pentecostal Evaldo Duque Estrada, Lipão começou a Onda há pouco mais de uma década. Era um braço da Comunidade Cristã Siloé, igreja pastoreada pelo seu pai, mas tomou rumos próprios.
Algumas ações promovidas por ele alimentaram a curiosidade das pessoas e também geraram críticas. Em 2015, os jovens da Onda Dura carregaram por algum tempo uma cruz de madeira com meio metro de comprimento junto ao corpo.
Usando a tática do “marketing de guerrilha”, a prática se justificava: “A intenção da cruz é conscientizar quem está disposto a seguir a Cristo de que é preciso carregar uma cruz que não é material, mas uma cruz de consciência”.
Chama atenção ainda o seu desafio ao conceito tradicional de santidade, normalmente visto como um afastamento do mundo. “Jesus não ouvia música cristã, não ia às festas cristãs, tampouco só conversava com cristãos. Reavalie o que é santidade”, disse ele durante uma pregação em Joinville.

Culto na balada

Uma das expansões que mais cresce é a da cidade catarinense de Jaraguá do Sul. Cinco anos atrás, o pastor Tom Joner começou a reunir amigos na sala do apartamento dos pais . Hoje a Onda local reúne, em média, 250 pessoas. As celebrações dominicais conhecidas como “Soma” ocorrem em uma balada.
O líder religioso se justifica: “A balada tem estrutura de som, iluminação, possui palco e ar-condicionado. Tudo isso para que a gente possa receber o pessoal bem e para que todos fiquem confortáveis enquanto escutam a palavra”.
Um local próprio está nos planos, mas o foco maior está nos grupos pequenos, os GPs. Neles, grupos entre 7 e 14 pessoas se encontram durante a semana para sair, jantar e praticar atividades coletivas. “Este é o momento de integração da Onda, onde as pessoas se conhecem melhor e convivem verdadeiramente umas com as outras”, esclarece Tom.
Para ele, o principal desafio de ser pastor é conversar de igual para igual com uma juventude que está o tempo todo conectada e tem acesso à muita informação. “Os jovens veem e leem muita coisa que às vezes pode distorcer o que se vive dentro da Onda”, resume.
Sua proposta é de desassociar aos escândalos associados à outras igrejas, que afastam muitas pessoas. “O que queremos mostrar é que a vida na igreja pode ser repleta de liberdade”, enfatiza. “Costumo dizer que a nossa igreja é cheia não porque tem a porta larga, mas sim porque ela está sempre aberta.”
Andressa Sett tinha uma opinião bem distinta antes de começar a frequentar. Eu passava na frente do lugar antigo onde os encontros aconteciam e estranhava o perfil dos adeptos”, confessa. Depois de assistir algumas pregações disponíveis no Youtube, mudou de ideia. “Foi ali que comecei a me identificar com o que a Onda Dura representa”.
Conta também que já não frequentava mais a igreja onde fora criada “porque não via sentido naquilo”. Hoje tem outra perspectiva: “Depois que conheci a Onda entendi como é viver a minha fé de maneira plena”. Com informações Por Acaso

Fátima Bernardes defende ideologia de gênero para crianças na TV

Encontro tenta mostrar crianças transgênero como algo natural



Fátima Bernardes defende ideologia de gênero para crianças

O programa Encontro, apresentado pela rede Globo pelas manhãs, abordou nesta sexta-feira (17), mais uma vez a questão das crianças transgênero. Fátima Bernardes anunciou logo no início que iria falar sobre “crianças que não se identificam com o sexo com que nasceram”.
O especialista convidado foi o psiquiatra Alexandre Saadeh, que é coordenador do Ambulatório transdisciplinar de identidade de gênero e orientação sexual do Hospital das Clínicas de São Paulo. Ele fez questão de frisar que “Não tem nada de errado” com as crianças que desde cedo acreditam ter nascido “no corpo errado”. Citou ainda que atende meninos e meninas com “3 ou 4 anos de idade”.
Usando um conhecido discurso, alegou que o Ambulatório “não faz intervenção” e que cada um pode ser o que quiser, pois “criança não tem preconceito”. Para o psiquiatra, o gênero é uma construção social e mencionou que eles acompanham casos “até a entrada da puberdade”, antes de começar o tratamento hormonal, que gera mudanças no corpo.

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Fatima alegou que ainda existe muito preconceito e falta de informação sobre o assunto, por isso estava apoiando uma “Campanha de aceitação e respeito”, simbolizada pelas borboletas que decoravam o cenário do programa. Também apresentou alguns dados sobre o assunto, alegando que a disforia de gênero atingiria “1 homem a cada 100 mil e uma mulher a cada 400 mil”.
Uma das convidadas era Alexsandra, mãe da Isabela, de 10 anos, que nasceu menino, mas nunca se identificou com o gênero de nascimento. Agora, apoiado pelo Ambulatório do HC de São Paulo, “assumiu” uma identidade de menina e trocou inclusive de nome.
Em seguida, foi mostrado o caso de “Renata”, um adulto transexual que afirma ter recebido todo o apoio da família para assumir essa condição aos 13 anos. Estava presente no palco o ator Ricardo Tozzi, que afirmou ver uma questão espiritual nesse tipo de situação. “Se nasceu na sua família é uma questão que você tem de desenvolver”, afirmou.
De modo geral, o programa tentou dar uma luz positiva sobre uma questão complexa, tentando mostrar que ela deveria ser vista com “naturalidade”.  A certa altura Fátima reclamou dos comentários na internet que faziam críticas ao programa por tratar desse assunto.
A média de audiência do Encontro é 10 pontos no Ibope. Se cada ponto de audiência equivale a 690 mil espectadores, portanto são cerca de 7 milhões de brasileiros ouvindo sobre mudança de sexo biológico de crianças.Pelo fato de ir ao ar no horário matutino, chama atenção de não haver qualquer alerta sobre o conteúdo.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Exposição possibilita “chutar” imagem de Nossa Senhora

Católicos consideraram uma “afronta” contra a mãe de Jesus


Exposição possibilita “chutar” imagem de Nossa Senhora
O Museu Nacional da Estônia inaugurou no final do ano passado uma exposição que irritou os católicos do país. Umas das obras, com a qual se pode interagir, oferece aos visitantes a oportunidade de “chutar” uma imagem de Nossa Senhora. Ao se atingir com o pé o local indicado, a imagem fica imediatamente em pedaços. Em seguida, surge em seu lugar a palavra “Reforma”.
A obra virtual foi criticada por uma série de políticos locais e parlamentares. Priit Sibul, que preside o grupo político União Pró-Pátria e Republica, reclamou que “Chutar uma imagem da Mãe de Deus é algo que se fazia durante o domínio soviético”.
O presidente do partido Conservador, Mart Helme, insistiu: “A imagem deve ser removida o mais rapidamente possível, porque a destruição, ainda que virtual, é um grave insulto aos sentimentos dos cidadãos religiosos”. Para ele, “Zombar dos símbolos de fé também tem uma dimensão política. Pode levar a uma escalada das tensões sociais”.

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Chute na Nossa Senhora.
O uso da palavra “Reforma” na obra iconoclasta justamente quando já começaram na Europa as comemorações dos 500 anos da Reforma Protestante causou incômodo também em líderes religiosos.
O bispo Urmas Viilma, da Igreja Luterana Estoniana afirmou que a ideia de “destruir” uma imagem de Maria é uma afronta “a toda a sociedade da Estônia e a todos os cristãos, ortodoxos, católicos e evangélicos também”. Com informações Catholic Herald

Vaticano: “Precisamos desesperadamente de mais exorcistas”

Brasil tem apenas 30 exorcistas reconhecidos


"Precisamos desesperadamente de mais exorcistas"
O italiano Valter Cascioli, psiquiatra e consultor da Associação Internacional de Exorcistas, órgão oficial ligado ao Vaticano, afirmou recentemente que o número de casos de possessão vêm crescendo no mundo todo e simplesmente não há exorcistas em número suficiente para lidar com isso.
Já Richard Gallagher, psiquiatra norte-americano faz um alerta para o que ele chama de “rápido crescimento do fenômeno mundial.”
Muitos padres compartilham dessa preocupação. Em entrevista ao jornal The New York Post, o padre Vincent Lampert, da igreja St. Malachy em Indianapolis, Indiana, defendeu que o confronto com os espíritos imundos não ocorrem apenas dentro das igrejas.

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Sua visão, compartilhada por muitos outros líderes religiosos é que a luta espiritual ocorre de diferentes maneiras. “Nós estamos lutando contra as drogas, o ocultismo, a pornografia”, avalia. “Estes são pontos de entrada para o mal e precisamos resgatar estas almas. A situação é terrível… Tudo isso torna mais fácil o trabalho de Satanás em lançar suas redes”.
Um artigo na revista eletrônica Catholic Online publicado em outubro tinha como manchete: “O Mundo está sendo atacado – exército de demônios gera explosão de exorcismos”. O alerta gerou muito debate em meios católicos.
Na mesma época, o Frei Vincenzo Taraborelli, 79 anos, reclamou em entrevista à BBC, que a nova geração de padres tem “medo” de lidar com pessoas que dão sinais de possessão. Para ele, a atividade demoníaca pode ser vista nos noticiários todos os dias.
“Quem tem fé sabe que o demônio existe, você pode ler nos textos sagrados. Depois, você só precisa olhar (à sua volta) e ver como o mundo está hoje em dia. As coisas nunca estiveram tão ruins. Esses atos de violência não são humanos. Tão terríveis, como o Estado Islâmico”, concluiu.
Cerca de 400 líderes católicos reuniram-se em Roma, no final do ano passado, para traçar estratégias de recrutamento de mais exorcistas. Eles serão treinados para seguir os antigos rituais católicos, que incluem orações específica e o uso de água benta e crucifixos para ajudar as pessoas a se livrarem dos demônios. Por enquanto, a procura tem sido abaixo do esperado.
O quadro não é muito diferente no Brasil. A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) nunca fez um levantamento oficial, mas o Fantástico mostrou que existem apenas 30 padres exorcistas atuando no país que possuem “autorização” para lidar com essa situação.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017


Olinda terá “área gospel” no Carnaval

Prefeitura quer contemplar “todas as ideologias” da cidade



Olinda terá "área gospel" no Carnaval
A Prefeitura de Olinda (PE) confirmou a participação do ‘Polo Gospel’ na programação do Carnaval da Cidade Alta em 2017. A participação evangélica junto as demais atrações foi apresentada em coletiva de imprensa, realizada na sede da gestão municipal, na tarde desta terça-feira, dia 7. O carnaval gospel ocorrerá na Avenida Presidente Kennedy de acordo com o Leia Já.
Existem poucas informações de como irá funcionar o inédito polo do Carnaval de Olinda.  Afonso Oliveira, secretário de Patrimônio e Cultura de Olinda informou que tudo será apresentado na próxima semana.
“A manifestação gospel é mundial, então a gente quis respeitar a diversidade cultural no Carnaval de Olinda. São artistas que têm dentro da sua filosofia de artista as letras cristãs em vários ritmos, desde o brega ao rock. Como a cena Gospel é muito forte em Olinda, a ideia surgiu e será um sucesso”, explicou Oliveira.

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O prefeito de Olinda, Professor Lupércio, acredita que a variedade de atrações para públicos distintos trará muitos foliões para a Cidade Alta. Exemplo de diversidade e ideologias bem distintas é a existência do polo de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros (LGBT), em contraponto ao polo gospel.

Carnaval gospel em outras cidades

Não é só em Olinda que os evangélicos estão procurando espaço no Carnaval. Em Salvador, a Igreja Batista do bairro do Garcia participa do carnaval com um grupo que canta músicas gospel. O pastor Elson de Souza, defende que, há muitas pessoas na folia “em busca da palavra”. Sua igreja já faz esse tipo de trabalho há 18 anos.
“Não parece, mas às vezes, dentro do Carnaval a gente encontra pessoas que estão muito tristes, com problemas, situações. Elas aqui recebem essa palavra. São algumas pessoas que estão vivendo uma realidade de drogas, vivendo uma realidade que não está satisfazendo eles a nível de comportamento mesmo”, enfatiza.
A Igreja Batista Atitude, do Rio de Janeiro, desfila todos os anos com o “o bloco evangelístico Sou Cheio de Amor”. Formado em 2013, seu objetivo é passar ensinamentos bíblicos através da música, arte e evangelismo. A cada edição o bloco atrai muitos foliões, em 2016 cerca de quatro mil pessoas participaram.

Igreja da Graça constrói templo de R$ 100 milhões

São Paulo terá sexta megaigreja


Igreja da Graça constrói templo de R$ 100 milhões
A nova sede da Igreja da Graça, fundada e liderada pelo missionário R. R. Soares, deve custar cerca de 100 milhões de reais. Com capacidade para 10.000 pessoas sentadas, o Templo da Graça estará localizado na Avenida Cruzeiro do Sul, próxima ao terminal rodoviário Tietê, na Zona Norte de São Paulo.
O projeto para a construção demorou oito anos para ser aprovado. Segundo as informações apresentadas à prefeitura de São Paulo, a área total construída será de 68 mil m². São dois prédios. O menor terá quatro andares com dois subsolos. O outro, com nove andares e dois subsolos, abrigará o templo e um edifício-garagem.
O novo centro religioso servirá como sede das empresas da igreja, como a sua gravadora. Além disso, terá um anfiteatro, heliponto, salas para crianças e locais destinados para casamentos e batismos.

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Terreno onde está sendo construído o Templo da Graça (Foto: Reprodução)
A nova megaigreja paulistana está em obras desde o ano passado, mas ainda não tem prazo de conclusão. A capacidade da nave será a mesma do Templo de Salomão, inaugurado pela igreja Universal em 2014. Romildo Ribeiro Soares é cunhado do bispo Edir Macedo e ajudou a fundar a IURD na década de 1970.
No estado de São Paulo já existem pelo menos outras cinco megaconstruções, como os santuários católicos Theotokos – Mãe de Deus, liderado pelo padre Marcelo Rossi e a Basílica de Aparecida. O maior espaço evangélico é a Cidade da Glória de Deus, da Deus é Amor, em Guarulhos, que comporta 150 mil fiéis. Depois, vem a sede da Igreja Mundial do Poder de Deus e o Templo de Salomão, da IURD.

Competição de estruturas

O professor titular de ciências da religião da PUC-SP Jorge Claudio Ribeiro afirma que as igrejas constroem megatemplos para ganhar mais credibilidade. Segundo ele, a inspiração para o gigantismo dos templos vem da Igreja Católica.
“O catolicismo fez isso durante milênios, com a basílica de São Pedro, o barroco. Os evangélicos do século 21 estão aprendendo com os católicos porque viram que aquela foi uma experiência mais bem-sucedida. Outros exemplos disso são a Marcha para Cristo, imitando as procissões”, explica.
O professor de pós-graduação em ciências da religião no Mackenzie, Rodrigo Franklin, enfatiza que essas obras apenas demonstram uma mercantilização da fé. “Vemos algo bem diferente do antigo cristianismo tradicional, que pregava como prioridade o sacrifício, o amor ao próximo. Hoje, os fiéis buscam autoajuda, quer ser rico agora, então ele não quer mais a pequena comunidade. Se o cara está falando que você vai ficar rico, é incoerente ele ter uma igrejinha. Se o pastor quer mostrar que o poder dele é real, ele vai continuar construindo coisas extravagantes”, assevera.
Para ele, trata-se de uma competição eclesiástica. “Na Antiguidade, grandes templos eram sinal de poder e autoridade. Hoje, é uma competição. No contexto de São Paulo, é uma questão de mercado porque é uma cidade rica e tem de tudo”, finaliza. Com informações de Veja e BBC