quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Maioria da população mundial deseja “governo global”

Pesquisa revela que 69% dos brasileiros são favoráveis à ideia


Maioria da população mundial deseja "governo global"
Um novo estudo realizado em escala global concluiu que a grande maioria das pessoas estão prontas para abraçar um governo global, na esperança de que ele consiga salvar a humanidade de catástrofes e de grandes ameaças.
O levantamento foi realizado pelo Instituto ComRes, a pedido da Fundação Desafios Globais, com sede na Suécia. Foram entrevistadas 8.100 pessoas em oito países, que reúnem metade da população mundial: Austrália, Brasil, China, Alemanha, Índia, África do Sul, Reino Unido e EUA.
De acordo com o site do Instituto, a pesquisa foi encomendada como parte de um investimento que busca “novas propostas para repensar como a governança global poderá lidar melhor com os riscos do século 21″.

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Na média, cerca de três quartos (71%) do público em geral deseja a criação de uma nova “organização supranacional para tomar decisões globais sobre as principais ameaças à humanidade”. Em todos os países incluídos no estudo mais de 60% dos entrevistados disseram que gostariam “com certeza” ou “provavelmente” que um governo global lidasse com questões como mudanças climáticas, pandemias de doenças, inteligência artificial contra a humanidade, armas de destruição em massa, desastres naturais e asteroides.
A formulação da pergunta deixava claro que esse organismo internacional não iria “substituir os governos nacionais, mas colocaria os interesses globais acima dos Estados”. Como exemplos de organizações supranacionais foram citados a União Europeia, a OTAN e as Nações Unidas.
Verificou-se que o apoio a essa “organização supranacional” teve maior adesão na Índia (84 por cento), e o menor na Alemanha, com 62%.
No Brasil, o índice de apoio ficou em 69% e apenas 10% disseram ser “totalmente contrários”.
Ao mesmo tempo, 46% não acredita que um país consegue, sozinho, tomar todas as medidas necessárias para enfrentar os “riscos globais”. Curiosamente, 76% dos brasileiros entrevistados gostariam que as Nações Unidas estivessem fazendo mais pelo mundo.
Nas perguntas referentes às “ameaças” mais temidas pelos brasileiros, verificou-se que a maior delas é a mudança climática, como o aquecimento global (91%). Em seguida vêm as armas de destruição em massa (nucleares ou biológicas) e as pandemias (como ebola e zika). Ambas foram citadas por 89% dos entrevistados.
Outros dados sobre o Brasil mostram que:
81% teme o crescimento descontrolado da população mundial.
62% acredita que em breve teremos escassez de recursos naturais
58% teme que inteligência artificial de máquinas possa se voltar contra a humanidade
O estudo pode ser lido na íntegra aqui [em inglês].

Idosa evangeliza em aeroporto há 23 anos

Isaura está no Aeroporto JK, em Brasília, desde 1993


Idosa evangeliza em aeroporto há 23 anos
O Aeroporto Juscelino Kubitschek convive, desde 1993, com uma figura que já é conhecida entre os trabalhadores do local. Isaura Lima Lopes, de 83 anos, escolheu morar no aeroporto e fez dele seu espaço de evangelização.
O aeroporto recebe, diariamente, cerca de 50 mil passageiros. Mesmo assim, Isaura é reconhecida pelos funcionários e pela Inframérica, empresa que administra as instalações há 5 anos. No entanto, a história anterior de Lopes é pouco detalhada.
Isaura possui deficiência auditiva e não ouve desde os 38 anos de idade. No aeroporto, carrega Bíblia, cartazes, e fala alto sobre sua fé para as pessoas. E, para dialogar com ela, é preciso escrever em um pedaço de papel.

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Pernambucana nascida na cidade de Goiana, Isaura não possui contato com a família. De acordo com o Metrópoles, sua mãe morreu quando tinha 11 anos de idade. E foi noiva duas vezes, mas não se casou. “A partir daí, comecei a servir a Deus e costumo dizer que sou guiada por Ele”, disse.
Passou 40 anos de sua vida transitando entre várias cidades até que, em 1992, chegou no Distrito Federal. As primeiras visitas ao aeroporto eram de horas, até que se estabeleceu em definitivo. Ela conta que também possui uma quitinete alugada na cidade de Valparaíso, no entorno de Brasília.
“Tem um ano e quatro meses que não vou em casa. Tudo que preciso está comigo. Estou aqui porque o Senhor me disse para vir falar neste lugar, pois os ricos passam por mim todos os dias. São pessoas que não querem saber de Deus, somente de dinheiro e das coisas terrenas”, disse.
Isaura frequenta uma panificadora dentro do aeroporto, e a gerente Damyres Cavalho afirma que a idosa cuida da higiene. “Ela não é pedinte. Só usa o aeroporto para pregar. Todos aqui a conhecem”, contou.
Isaura afirma que recebeu um chamado para ser missionária em 1953, quando tinha 19 anos e que sobrevive do salário mínimo que recebe da aposentadoria. Quando o valor acaba, passageiros doam para lhe ajudar.
“Nunca passo necessidade. Tem sempre alguém que me ajuda. Não peço nada a ninguém, mas o Senhor toca o coração das pessoas e elas trazem pra mim”, afirmou Isaura.