sexta-feira, 21 de junho de 2019

Filho diz à polícia que Flordelis pode estar envolvida na morte de Anderson do Carmo

Ele disse também que uma das irmãs ofereceu R$ 10 mil para que o irmão Lucas, preso pela participação na morte do pastor, cometesse o crime.
Michael Caceres
em
 
Flordelis. (Foto: Reprodução)
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Os desdobramentos do assassinato do pastor Anderson do Carmo revelaram fatos dramáticos nesta quinta-feira (20), com o depoimento de um terceiro filho do casal, que disse à Polícia Civil que suspeita do envolvimento da mãe, deputada Flordelis e de três irmãs na morte do pai. Segundo o jovem, uma delas ofereceu R$ 10 mil ao irmão Lucas dos Santos para matar o pastor.
Com a identidade sobre sigilo, o rapaz teria dito que a mãe e três irmãs colocaram remédios na comida do pai e que isso teria sido a causa dos problemas de saúde que o pastor vinha enfrentando nos últimos dias. Anderson também teria recebido uma ameaça de morte ocorrida em fevereiro.
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Em depoimento, o filho disse que na madrugada em que o crime ocorreu, não houve barulho, confusão e nem moto em fuga, mas que teria visto o irmão  Flávio Rodrigues de Souza, que confessou ter dado seis tiros no padrasto, ao lado do corpo ensanguentado.
Apesar da proposta de R$ 10 mil para matar o pai, Lucas não estava na casa no momento do crime, mas teria comprado a arma usada no assassinato, segundo os depoimentos colhidos pelos investigadores. Lucas havia confessado o crime durante depoimento, mas agora se sabe que ele foi quem providenciou a arma para a execução do pai.
Segundo o jovem, Flavio foi visto por ele ao lado do corpo ensanguentado, recolhendo uma mochila de couro e o telefone celular do pastor. O aparelho foi entregue para a mãe Flordelis, segundo o depoimento, mas a polícia afirma que até o momento a deputada não entregou o aparelho e nem a mochila e o celular de Flavio foi recuperado.
O filho do casal teria afirmado que Flordelis já havia dito que “a hora do pai estava chegando”. Ele descreveu o comportamento desesperado dos parentes no velório como “teatro”.
A Justiça do Rio de Janeiro aceitou nesta quinta o pedido da Polícia Civil e determinou a prisão temporária de Lucas e Flávio. O pedido foi feito ao Judiciário após os investigadores realizarem uma acareação entre Flávio e Lucas.

Edredom com sangue

Durante revista da polícia na residência do casal, vestígios de objetos queimados nos fundos da casa foram encontrados. Vizinhos teriam percebido uma fumaça saindo da parte de trás da casa da parlamentar, minutos antes da chegada dos investigadores da Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).
Além do que restou dos objetos queimados, os investigadores teriam recolhido um edredom sujo de sangue, apreendido num dos quartos, que também está em análise. Apesar das novas revelações, a deputada Flordelis não quis se pronunciar.

segunda-feira, 17 de junho de 2019

Teologia do Coaching: modismo para desvirtuar e corromper a igreja

O risco de permitir ensinamentos que substituem a pregação do Evangelho.
Samuel Gonçalves
em
 
Jogo de basquete. (Photo by Markus Spiske on Unsplash)
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A Igreja tem um papel insubstituível neste mundo, que é o de anunciar o Evangelho e edificar os santos. Mas constantemente modismos e ondas adentram as portas dos templos, corroborando para a desvirtuação dos ensinamentos eclesiásticos e desviando os cristãos do cristianismo bíblico, daquilo que à Escritura apresenta como verdade insubstituível.
Um exemplo destes modismos, é a famigerada “Teologia da Prosperidade”, que popularizou-se nas mais diversas denominações, manchando a reputação até mesmo de igrejas tradicionais, que em muitos casos se deixaram seduzir pelos falsos ensinamentos de riquezas terrenas e barganha com Deus.
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Mas algo novo surge por aí e vem se popularizando cada vez mais, tomando os púlpitos em um ritmo acelerado e sendo aceito por todo o tipo de liderança. Falo desta onda da “Teologia do Coaching”, que visa substituir a pregação do Evangelho, das sãs doutrinas de Cristo, por palestras de orientação profissional, motivacional e de autoajuda.
Reitero que nada tenho contra coaching ou contra qualquer tipo de orientação, profissional ou motivacional, ainda que tenha algum receio com autoajuda – o que não vem ao caso neste artigo. Minha real preocupação é com o uso dos púlpitos, que deveriam servir unicamente para a pregação da Palavra, sendo tomados pela valorização deste tipo de palestra que enaltece competências e habilidades humanas.
Faz-se necessário uma crítica sincera a este modismo. A Igreja jamais deve aceitar a substituição do ensino da Bíblia por qualquer outra coisa. Sei que para muitos isso é ser saudosista, mas para mim trata-se apenas de valorizar a Palavra e o Santo Evangelho. Como disse Lutero: “Minha consciência é escrava da Palavra de Deus”.
É evidente que, como já disse, a Igreja tem o papel de edificação, e isso pode incluir o desenvolvimento pessoal, profissional e social. No entanto, existe lugar e espaço para uso de ferramentas de coaching. Utilizá-las nos cultos, abandonando as mensagens evangelísticas e doutrinárias de seus pastores, no entanto, é o mesmo que substituir a Palavra de Deus.
Pregadores que abandonaram os honrosos títulos eclesiásticos, adotando agora o “coach” e “master coach” como forma de competência para utilizar os púlpitos, com o objetivo de falar de temáticas que nada tem com o cristianismo, são no mínimo neófitos. Para nós, evangélicos, isso representa o abandono da fé.
A Igreja não deve se reunir em seus templos para ouvir palestras de orientação profissional, autoajuda ou motivação, mas sim pastores e profetas que tenham a Palavra revelada por Deus. Muitas vezes pessoas repetindo textos de livros de autoajuda e recitando frases sem citar o autor tomam os púlpitos com o objetivo de vender a imagem de vencedor para promover o comércio de produtos.
A Palavra de Deus adverte: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema” (Gálatas 1:8). O que Paulo está afirmando, é que nada pode substituir os ensinamentos da Palavra de Deus.
Se já não bastasse a série de heresias que temos de enfrentar, ainda precisamos explicar sobre a importância de manter nossos púlpitos focados na Palavra. Todo o nosso esforço pastoral em conduzir aqueles sob nossa responsabilidade através de uma pregação genuína, hoje vem sendo confrontado com técnicas mirabolantes e milagrosas de autoafirmação.
O pastor da igreja, o anjo que guia o rebanho de Cristo, ele é a autoridade máxima e o maior pregador em nossos púlpitos. Tratando das questões espirituais, nenhum conhecimento acadêmico pode preparar alguém para a excelência do santo ministério. Tão pouco quando esse conhecimento tem a pretensão de substituir a Palavra de Deus.
Que a Igreja possa lembrar-se disso, e os líderes venham a se conscientizar de que a “Teologia do Coching” é apenas um modismo que pouca coisa acrescenta para o crescimento espiritual dos santos. Deus possa nos conduzir através de um caminho de santidade e referência a Sua Palavra.