Outro dia, escrevi um
artigo intitulado “A Última Hora”, descrevendo fatos e acontecimentos prévios
que antecedem a vinda do Senhor Jesus e que estão ocorrendo na forma que foi descrito
e profetizado por homens de Deus, por Cristo e os Profetas.
É
claro que, em se falando das últimas coisas que antecedem a vinda do Senhor,
não poderia deixar de fazer algumas reflexões sobre a Igreja, o corpo de Cristo.
A Igreja é uma
instituição divina, como tal é amada por Cristo, é posse de Cristo, é inspirada
n’Ele, se move pela unção do Espírito Santo e deve caminhar unida como corpo sob
a direção de Cristo, o Cabeça de Igreja.
Quando nos referimos que
Jesus é o Cabeça da Igreja, queremos dizer que Ele pensou na sua Igreja, Ele a
arquitetou, projetou a sua Igreja com amor, para possuí-la, amá-la; em Mateus
16.18 está escrito “E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre
esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão
contra ela”. Jesus Cristo é a Pedra (petra)
sobre a qual a Igreja foi construída; Ele é a petra sobre a qual nós, como
pedras numerosas, incluindo Pedro – o primeiro de muitas pedras, participamos e compartilhamos da natureza e
essência da petra, pela nossa confissão de fé.
Você
que faz parte do corpo de Cristo, creia que por mais que as portas do inferno
queiram avançar sobre você e a sua vida,
elas não terão poder, pois você está alicerçado no fundamento da igreja
– Jesus Cristo, o qual te comprou por preço não perecível como o ouro e a prata, mas por preço
de sangue, o sangue redentor de Cristo,
que purifica todo pecado. Jesus
Cristo é o nosso fundamento, n’Ele devemos permanecer (1
Coríntios 13.11 – “Porque ninguém pode colocar outro fundamento além do que já
está posto, que é Jesus Cristo”).
A hora
urge, e é necessário que cada vez mais busquemos a Cristo...e o levemos à
outros que ainda não o conhecem em espírito e em verdade. Essa é a tarefa de
cada um, enquanto igreja de Cristo: levar Jesus ao outro, levar as almas ao pleno
conhecimento da Salvação.
Estamos
vivendo um tempo em que as pessoas têm preenchido o tempo em busca de
prosperidade econômica, material e financeira, mas esquecem de procurar o mais
importante em suas vidas – o reino de Deus (“Mateus 6.33 - Busquem, pois, em
primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão
acrescentadas”).
Evangelizar
as almas tem se tornado uma tarefa árdua para muitas igrejas, devido à dificuldade muitas vezes em se recrutar
“soldados” para tal. A impressão que fica muitas vezes é que há um “cansaço”
geral nas igrejas, uma apatia generalizada, reflexo, em alguns casos, do
descuido de Pastores que devem estar à frente deste trabalho.
O
Pastor deve dar o exemplo missionário do “ide” de Jesus Cristo, ele deve ser o
primeiro a hastear a bandeira do
Evangelismo e estar à frente do Pelotão de Evangelizadores, para cumprir
o principal propósito missionário da Escritura: cumprir o “ide” de Jesus
Cristo, descrito nos Evangelhos de Marcos 16.15 e Mateus 28.19.
Igreja
sem Evangelismo é igreja sem ânimo e sem a unção de Deus, pois não cumpre o
mandamento do Senhor!
Para
combater o desânimo e a indiferença espiritual, a bandeira do Evangelismo deve
ser hasteada continuamente, assim como a oração (“orai sem cessar”). Lembro,
neste momento, do amado irmão Franca, Militar da FAB, ao lado do qual tive a
feliz oportunidade de conviver durante algum tempo, que hoje mora na Bahia, que
era um servo ativo, realmente compromissado em semear a preciosa semente, a
palavra de Deus. Dizia ele que onde estivermos, devemos falar de Jesus.
A
igreja do Senhor precisa, mais do que nunca, falar de Jesus às almas. E para
isso, ela não precisa de artifícios, de artimanhas, nem modismos, mais sim de pessoas
que abram a boca e anunciem ao pecador que Jesus perdoa, que Jesus virá, que
Ele salva e batiza com o Espírito Santo.
Ainda,
mais do que nunca, precisamos extirpar do nosso meio a idéia de que a igreja
precisa imitar o mundo para atraí-lo; esta é uma vereda extremamente perigosa e
que não deve ser incentivada.
A música do mundo tem entrado
sorrateiramente em nossas igrejas. Costumes
e práticas mundanas, têm se infiltrado de mansinho nas colunas (Ministérios) da
igreja. E o que dizer dos cultos solenes, aparatosos, cheios de câmeras, muitas
vezes pomposos, onde tudo são luzes,
encantos e emoções, parecem Clubes Sociais do mundo, com a diferença que esses
servem ao mundo, aqueles a Deus.
Como se não bastasse,
ronda na frente das igrejas comprometidas com a sã doutrina, uma ideologia que
diz que Cristãos não podem ficar doentes, sofrer ou serem economicamente pobres, motivando ou dando origem a uma
porção de crentes materialistas e interesseiros, manipulados por uma massa de
manobra que usa o dízimo como promessa de prosperidade e salvação; seus adeptos
também dizem que todo o sofrimento de Cristo já foi levado na Cruz do Calvário
e o diabo deve ser responsabilizado por todo e qualquer desconforto entre os
crentes.
Ora, no Evangelho do
Apóstolo Paulo aos Colossenses (Cl.
1.24) está escrito que o Cristão deve temer o sofrimento e tampouco negá-lo;
também Jesus não negou esta realidade ao dizer “no mundo tereis aflições, mas
tende bom ânimo, eu venci o mundo”, fica claro que teremos que lutar com as
aflições, e é através delas que nós crescemos e prosperamos em Cristo até a sua
volta, pois Cristo é a verdadeira prosperidade daquele que n’Ele crê.
Quando lembro todos estes
fatos que envolvem a igreja em nossos dias, imagino o sofrimento e a tristeza
de Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, quando teve que se manifestar publicamente
muitas vezes, quando a igreja de Jesus esteve envolvida em coisas desagradáveis,
e que a voz do Apóstolo foi necessária para recolocar a igreja no seu caminho
natural: seguir a Cristo, autor e consumador da fé, guardando as coisas que ela,
Igreja, tinha aprendido desde o princípio.
Por último, quero dizer
que a Igreja, a noiva de Cristo, deve estar preparada, ornamentada, adornada,
porque o Noivo breve virá, e todas as aflições, desilusões, tristezas, serão
passadas.
Precisamos nesta última
hora, orar e zelar pela unidade da Igreja, o Corpo de Cristo. A comunhão no corpo de Cristo
deve ser um anseio necessário.
Precisamos todos uns dos
outros; quando a igreja ora unida e os membros interagem entre si, e há amor
fraternal, há crescimento, vida pulsante em Cristo, então o Espírito Santo se
move e opera maravilhas e acontecem curas, milagres e a igreja é edificada. Colossenses 3. 12,13,14 diz “Revesti-vos, pois, como eleitos de
Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade,
mansidão, longanimidade, suportando-vos uns aos outros e perdoando-vos uns aos
outros, se algum tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou,
assim fazei vós também.
E,
sobretudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição”.
Na paz
de Cristo!
Autor: Adilson Luis Machado
Autor: Adilson Luis Machado