Bancada evangélica está dividida sobre o Impeachment
por Jarbas Aragão
O portal Gospel Prime está em Brasília para acompanhar o movimento pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nesta segunda (4), acompanhamos os debates da comissão que discute o assunto. Vários membros da bancada evangélica estavam presentes, mas não há unanimidade no pensamento. Alguns estão indecisos e uma minoria é contra.
O pastor Sóstenes Cavalcante (DEM/RJ) explica que os deputados federais que compõem a frente parlamentar evangélica possuem opiniões distintas na questão do impedimento da presidente. Diferentemente do que ocorre em questões que dizem respeito à família, ou em assuntos morais, não é uma “questão fechada”.
Questionado sobre a divisão em três grupos, ele ressalta que os eleitores devem pressionar os deputados em quem votaram para que se posicionem. O assunto é grave e o futuro da nação passa pela decisão tomada pelo Congresso.
O parlamentar acredita que todos os cidadãos deveriam se posicionar e se envolver na questão de alguma forma. Aos que são evangélicos e defendem que o mandamento é para apenas orarmos pelas autoridades constituídas, ele lembra que Jesus nunca anulou a “cidadania terrenal”.
“Precisamos entender que pagamos os nossos impostos. Temos deveres para com o Estado, mas também temos direitos”, assevera. “No mundo espiritual nós, como evangélicos, sabemos lutar através da oração, da leitura da Bíblia e do jejum. Na cidadania terrenal, temos que nos manifestar e protestar sim”, defende Sóstenes, que também é pastor da Assembleia de Deus.
Para ele, não podemos suportar mais tantos problemas causados pela corrupção. Sem deixar de orar, é importantíssima a participação dos evangélicos. Ele faz um apelo para que os evangélicos acompanhem de perto como votam os deputados eleitos pelos partidos: PP, PR, PSD e PRB.
Ele denuncia que existem muitos parlamentares que estão sendo “altamente assediados pelo palácio do Planalto”. Existiria a oferta de até 400 mil reais para que os deputados não compareçam no dia da votação do impeachment. Ou seja, eles não precisariam se posicionar contrários, bastaria não aparecer nesse dia. Sendo assim, não se atingiria os 342 votos necessários.
Assista a entrevista com Sóstenes Cavalcante:
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