quarta-feira, 28 de junho de 2017

Cristãos não podem ser contra Israel, defende teológo

Gerald McDermott mostra em livro como os judeus foram horrivelmente injustiçados pelos cristãos ao longo de milênios


Cristãos não podem ser contra Israel, defende teológo
Por diversas razões a igreja deveria pensar de forma diferente sobre a terra de Israel e os judeus como o povo da aliança de Deus, argumenta o teólogo Gerald R. McDermott, professor na Escola Teológica Beeson, em Birmingham, Alabama.
Ele explica isso detalhadamente em seu novo livro, chamado “Israel Importa”, ainda inédito no Brasil. “Os judeus foram horrivelmente injustiçados pelos cristãos ao longo de milênios”, resume McDermott, apontando para o fato que o momento atual do mundo apresenta “grandes complexidades geopolíticas”, especialmente no Oriente Médio.

Teologia equivocada

“O erro de pensar que Jesus se afastou do judaísmo e começou uma nova religião favorece o distanciamento entre cristãos e judeus. Isso faz com que vejamos os judeus como o ‘outro’”, disse ele.

  Professor ensina a cantar afinado em 61 dias


Porém, destaca o estudioso, nas últimas décadas, há um ressurgimento do movimento Sionismo cristão. Essa visão bíblica destaca que a terra de Israel e o povo judeu continuam no centro dos propósitos eternos de Deus.
McDermott reconhece que essa ideia é muito rejeitada nos círculos acadêmicos desde a Reforma, pois a maioria de seus líderes defendia que houve uma “substituição” de Israel pela Igreja.
Contudo, após anos de estudo, ele insiste que não conseguiu encontrar embasamento bíblico para tais argumentos, especialmente por que várias vezes nas Escrituras lê-se que os propósitos divinos são imutáveis e há muitas profecias referentes aos judeus e a terra de Israel para serem cumpridas.
Fazendo uma análise do pensamento teológico desde os primeiros séculos, ele destaca que desde os pais da Igreja como Tertuliano até eruditos mais recentes como o teólogo Karl Barth, defendiam que chegaria o dia em que os judeus retornariam à sua antiga pátria.
A maioria desses teólogos não aceitavam “espiritualizar” as promessas feitas por Deus aos judeus, tentando colocar a Igreja no centro. Eles também apontavam para o cumprimento de todas as profecias bíblicas, especialmente as relativas aos últimos tempos, que dão a Israel um papel de destaque.
O professor McDermott questiona que a chamada “teologia da substituição” e sua versão mais moderna, a “teologia da realização”, não conseguem justificar de modo consistente como ficam as promessas de Deus sobre a terra de Canaã e o repetido uso de “aliança eterna” relativa a muitos pactos divinos com o povo judeu.
“Paulo diz em Romanos 11:28 que os judeus que não aceitaram Jesus como Messias eram inimigos do Evangelho”, contudo, continuam sendo “amados por Deus”. Além disso, o versículo 31 usa o termo “também”, ou seja, Deus não exclui os judeus de seus planos para trocá-los pelos cristãos.
Outro texto lembrado por ele é Atos 1:6. “Quando os discípulos de Jesus perguntaram antes da sua ascensão: Senhor, quando restabelecerá o Reino para Israel? Jesus não disse que eles estavam errados por pensar que haveria um Israel futuro, estabelecido pela mão de Deus”, sublinha.
Mas o motivo principal pelo qual os cristãos não podem ser contra o povo judeu e sua terra, obviamente, é por que Jesus era judeu, assevera McDermott.
“Os judeus foram criados por Deus como representantes da humanidade. Então, se a Bíblia mostra que eles se afastaram de Deus, isso realmente mostra como todos nós agimos. Jesus disse que a salvação vinha dos judeus e previu que algum dia Jerusalém o receberá e ali ele governará com seus apóstolos sobre as tribos de Israel”, insiste.
Acrescentou ainda que “Se os cristãos começam a pensar que são, de alguma forma melhores só por que acreditam em Jesus como o Messias, não conseguirão entender totalmente a graça de Deus”.

O governo de Israel também erra

Apesar de suas objeções teológicas, McDermott não concorda com os sionistas cristãos que acreditam que a nação de Israel está isenta de erros. Ele não tem medo de criticar o governo israelense quando há motivos. Em seu livro, ele reconhece que, por vezes, os palestinos foram injustiçados e os líderes políticos de Israel tomaram atitudes “belicosas e imprudentes”.
Também reclama que o Israel moderno deveria fazer mais para proteger os judeus messiânicos, que ainda sofrem represálias. Para os cristãos que se preocupam com os palestinos, o estudioso encoraja-os a visitar Israel. Somente assim poderão ver como eles vivem e também se informarem melhor sobre os grupos terroristas palestinos e suas constantes ameaças de guerra e atentados.
Questionado sobre a promessa do presidente Trump em mudar a embaixada para Jerusalém, McDermott defende que tal gesto “ajudaria a causa da paz”. “Seria apenas o reconhecimento da verdade bíblica: Jerusalém é a capital de Israel, não outra cidade. Em segundo lugar, os líderes palestinos são bandidos e perceberiam com este movimento que não podem mais ditar as regras como eles fizeram com Obama e ainda fazem com as Nações Unidas”, conclui o professor. Com informações Christian Post

Alunos de escola cristã são proibidos de orar antes das refeições

Instituição sueca também foi proibida de oferecer classes bíblicas


Alunos são proibidos de orar antes das refeições
Um jardim de infância cristão em Umea, Suécia, está proibido de ensinar as crianças a fazerem orações antes das refeições e de oferecer classes bíblicas pois isso violaria a “Lei de Educação” do país. A legislação proíbe as instituições de ensino de incorporar “elementos confessionais” durante o horário das aulas e também dá o direito de as crianças não participarem de atividades religiosas.
A pré-escola, que é administrada pela igreja Exército da Salvação, foi acusada de não oferecer aos alunos a escolha de não participar das atividades consideradas religiosas.
A diretora Britt Marie Mårtensson reconheceu que a Lei de Educação “pode ​​ser interpretada de maneiras diferentes”, mas que a escola não entendia que dar graças a Deus pelos alimentos fosse considerado parte do período de aula.

  Professor ensina a cantar afinado em 61 dias


“Como uma atividade confessional, acreditávamos que fazer uma oração era algo agradável antes das refeições”, revela. “Nossa interpretação da lei difere da do município”.
Os professores da escola expressaram sua decepção em cortar a oração da programação diária da escola. Agora, as crianças dizem uma rima e agradecem pelo sol, pela chuva ou algo de sua escolha antes de comerem, mas sem tocar no nome de Deus. Com informações Christian Headlines

terça-feira, 27 de junho de 2017

Irã promove marcha para pedir “morte a Israel”

Destruição de Israel é a “prioridade do mundo islâmico”, afirmam líderes religiosos


Irã promove marcha para pedir "morte a Israel"
Depois da chamada “Revolução de 1979”, que transformou o país numa ditadura islâmica, o Irã sempre defende a destruição de Israel com base na exortação do Alcorão: “Matai-os [os infiéis] onde quer que os encontreis e expulsai-os de onde vos expulsaram”. Uma das maneiras de manter vivo esse discurso é a promoção anual do Dia de Al Quds, palavra árabe que significa “A Santa”, a maneira como os muçulmanos chamam Jerusalém.
Como todo ano, a parada realizada na capital Teerã, coincidiu com o encerramento do Ramadã, mês mais sagrado do ano para os islâmicos. Além dos tradicionais cantos de guerra, pedindo “Morte a Israel”, foi declarado que destruir o Estado judeu é “a principal prioridade do mundo muçulmano”.
Diversas bandeiras israelenses e americanas foram queimadas em sinal de protesto. Também havia muitas bandeiras da Palestina e palavras de ordem pedindo “Palestina Livre”.

  Professor ensina a cantar afinado em 61 dias


Os líderes iranianos que participaram dos comícios também pediram a união entre grupos pró-palestinos contra o governo israelense, anunciou a Agência de Notícias Tasnim, do Irã.
As milhares de pessoas que foram às ruas viram desfiles da Guarda Revolucionária do Irã, que fez a exibição de três mísseis balísticos de superfície a superfície, incluindo o Zolfaghar, usado recentemente para bombardear a Síria, a mais de 600 quilômetros e distância.
Outro míssil presente foi o Ghadr, capaz de atingir um raio de 2.000 quilômetros, que poderia alcançar as bases do EUA na região e chegar até Israel.
Durante seu discurso, o presidente iraniano, Hassan Rouhani, disse que Israel apoia “terroristas na região”. Já o parlamentar Ali Larijani, chamou Israel de “mãe do terrorismo” e que em todo o século 20, “não houve nenhum evento mais ameaçador do que estabelecer o regime sionista”.
Chamou atenção a inauguração de um enorme cronômetro na Praça Palestina de Teerã. Em modo de contagem regressiva, o display digital indica que Israel deixará de existir em 8.411 dias. Ele parece refletir a promessa do líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, que até 2040 o Estado de Israel seria destruído.

Dia de Al Quds no Brasil

Embora com menor expressão, nos últimos dias ocorreram marchas em celebração ao Dia de Al Quds também em LondresBerlim e Toronto, onde a maioria dos participantes era muçulmano, mas também havia pessoas ligadas a movimentos de esquerda, contrários a Israel.
No Brasil não ocorreram manifestações públicas, mas o Partido dos Trabalhadores promoveu uma audiência pública da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), para marcar a data.
A reunião, presidida pela vice-presidente da CDHM, deputada Erika Kokay (PT-DF), contou com a presença do embaixador do Irã, além de entidades “defensoras da causa palestina”. Com informações de Times of Israel

quarta-feira, 21 de junho de 2017

O show do eu

Que sejamos cristãos, de fato, aptos a olhar para os outros e não apenas para os nossos próprios umbigos


O show do eu
Este final de semana, fui a um show do cantor cristão João Alexandre, e ouvindo seus clássicos antigos, e outras de grupos como Vencedores por Cristo e Grupo Logos que ele tocou, refletia como a temática da música cristã mudou radicalmente nos últimos tempos.
Passamos a importar as fórmulas de sucesso da chamada CCM (Contemporary Christian Music), que é produzida nos EUA, Austrália e outros lugares. Pensando nas mensagens das músicas gospel atuais é impressionante como elas, até falam de Jesus, de Deus, mas quase sempre a partir de uma perspectiva marcadamente centrada no meu próprio “EU”.
É a MINHA emoção, o MEU milagre, o MEU querer, a MINHA benção, a MINHA casa, o MEU toque, o MEU abraço, etc. E fiquei refletindo se isso não é mais um reflexo do individualismo da nossa sociedade de consumo que tem invadido nossas igrejas, onde o “nós” (aqui entendido não só como um mero ajuntamento de pessoas, mas, um “nós” que se faz irmãos), foi substituído pelo “eu”.

  Realize o Seu Sonho de Tocar Piano sem Sair de Casa. Comece Agora!


Neste sentido, a minha reflexão se originou de uma inquietação interior minha, e que creio que de muitas irmãos, de estarmos hoje, nesta sociedade de consumo, vivendo apenas para nós mesmos, vemos o sofrimento alheio e até falamos “oh, coitado”, mas aquilo não nos atinge mais, sendo que o Evangelho é uma proposta de vida bem diferente, de entrega, de se importar com o outro.
Interessante foi recordar e lembrar que nos momentos da minha vida que eu mais pensei no outro, me doei, foram os momentos que eu me senti mais cheio da presença de Deus, com paz interior, sendo o contrário também verdade. E creio que isso tem a ver com a questão do coração altivo. Quem se doa, quem pensa no outro, sente empatia, dá pouco espaço para que mágoas, ressentimentos e dores tomem lugar e façam morada.
Já, se pensamos coletivamente, no âmbito das igrejas, creio que poderíamos estar fazendo uma diferença brutal em nosso país, no sentido de trazer mais justiça social, até porque temos um privilégio que nos permite investir muito em trabalhos sociais, que é a imunidade tributária.
Para ter uma ideia do que estou falando, só em 2011, foram arrecadados 20 bilhões de reais em nossas igrejas, e a assistência social tem sido ínfima. Parece que estamos mais preocupados em nossas bênçãos, nossos milagres, do que com o outro.
Aí, alguns podem se perguntar: Mas, isso que você está falando não é papo de “esquerdista”, de gente da missão integral, de pastores “vermelhos”? E eu responderia, NÃO. E falo isso, quando leio passagens como a do Bom Samaritano (Lc 10:30-37) e tantas outras passagens bíblicas que nos falam do cuidado que devemos ter com os pobres, viúvas, órfãos, etc.
O Reino de Deus e sua justiça, diferentemente do que alguns pensam, não se traduzirá apenas como uma realidade vindoura, mas, algo que começa no aqui e agora, como fizeram os cristãos primitivos enfrentando todas as agruras em união contra um inimigo bem maior e perigoso à época: o Império Romano.
Concluo, pedindo a Deus que essa chama não se apague. Que sejamos cristãos, de fato, aptos a olhar para os outros e não apenas para os nossos próprios umbigos, até porque sinceramente a sociedade já está de saco cheio de ouvir pessoas que falam de Jesus, mas, não espelham nada dos ensinamento dEle. Que assim seja !

terça-feira, 13 de junho de 2017

Gilmar Mendes quer proibir igrejas de lançar candidatos

Tribunal Superior Eleitoral acredita que influência de igrejas e líderes religiosos nos processos eleitorais é crime


Gilmar Mendes quer proibir igrejas de lançar candidatos
Após as votações desta semana, o trabalho do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ganhou grande destaque. Acabado o julgamento de Temer, o presidente Gilmar Mendes, diz que a Corte se dedicará a estudar mecanismos para bloquear o que considera abuso do poder econômico e a influência das igrejas nas eleições.
“Depois da proibição das doações empresariais pelo Supremo Tribunal Federal, hoje quem tem dinheiro? As igrejas. Além do poder de persuasão. O cidadão reúne cem mil pessoas num lugar e diz ‘meu candidato é esse’. Estamos discutindo para cassar isso”, afirmou Mendes em entrevista recente.
O magistrado acredita que há um potencial para abuso de poder econômico, uma vez que esse tipo de doação é de “difícil verificação”. Ele diz estar preocupado com o uso da estrutura física das igrejas para influenciar as eleições. “Outra coisa é pegar o dinheiro da igreja para financiar [campanhas]. Se disser [para o fiel] que agora o caminho para o céu passa pela doação de R$ 100, porque eu não vou para o céu?”, ironiza.

  Realize o Seu Sonho de Tocar Piano sem Sair de Casa. Comece Agora!


Contudo, o STE ainda não esclareceu quais medidas poderia aplicar, uma vez que ainda existe lei sobre o tema no país. Via de regra, a Justiça Eleitoral trata os casos de abuso religioso como outras formas de irregularidade, equiparando-a ao abuso de poder político, por exemplo.
Uma vez que não existe uma norma clara, a investigação se torna difícil, pois esse é um “crime” que sequer existe formalmente.
Gilmar Mendes não é o único que pensa assim. O vice-procurador-geral eleitoral Nicolao Dino já pediu ao TSE que o prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella fosse condenado por abuso de poder religioso. Durante a campanha a governador em 2014, o bispo licenciado da Igreja Universal foi acusado pelo Ministério Público Eleitoral de usar a estrutura do templo da igreja em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, como comitê.
Foram encontrados no local milhares de fichas cadastrais que traziam a indicação de páginas de Crivella na internet. Junto estavam centenas de formulários pastorais, alguns já preenchidos por fiéis da igreja, que traziam um campo específico para ele colocar o número do título eleitoral.
No parecer enviado ao TSE, Dino escreveu que era “fundamental coibir a prática do abuso do poder religioso, isto é, a exploração do discurso litúrgico para supressão da autonomia política de fiéis, comumente obsequiosos às orientações clericais”. Três anos depois, o caso ainda aguarda apreciação do ministro Herman Benjamin, do TSE.

Investigação difícil

Em entrevista à Gazeta do Povo, a professora da FGV Direito Rio, Silvana Batini, explica que é bastante difícil fazer uma investigação profunda para comprovar a influência de lideranças religiosas no voto.
Por exemplo, com a proibição de doações de pessoas jurídicas, após as descobertas de irregularidades apontadas pela operação Lava Jato, os membros de uma igreja poderiam ser pressionados por líderes religiosos a doar diretamente para seus candidatos. Se isso ocorrer, haveria a caracterização do crime de abuso econômico, na forma de abuso de poder religioso.
Batini reclama que poderia haver ainda outros tipos de abuso. Se um pastor afirmar que o fiel precisa votar em determinado candidato alegando que é o que “Deus quer”, isso pode caracterizar abuso de poder político, acredita.
Diante dessas situações, é possível que a Justiça Eleitoral estabeleça novos parâmetros para julgamentos onde o abuso religioso esteja configurado.

terça-feira, 6 de junho de 2017

Canadá quer tirar filhos de pais que não aceitem identidade de gênero

Nova lei diz que não são os pais que determinam como a criança será criada, mas sim ela mesma


Canadá quer tirar filhos de pais que não aceitem identidade de gênero
A província de Ontário, no Canadá aprovou uma nova lei que permite ao governo retirar as crianças de famílias que se recusam a aceitar a opção dos filhos por determinada “identidade de gênero” ou “expressão de gênero”.
O que foi chamado de “Ato de Apoio a Crianças, Jovens e Famílias”, ou Lei 89/2017, acabou aprovada em votação de 63 favoráveis a 23 contrários, registra o The Christian Times.
Ele exige que os serviços de proteção a crianças, serviços de adoção e juízes levem em consideração e respeitem a “raça, ancestralidade, local de nascimento, cor, origem étnica, cidadania, diversidade familiar, deficiência, crença religiosa, sexo, orientação sexual, Identidade de gênero e expressão de gênero”.

  Realize o Seu Sonho de Tocar Piano sem Sair de Casa. Comece Agora!


“Eu acredito ser uma forma de abuso, quando uma criança se identifica de um jeito e um cuidador diz a ela que não, que ela precisa fazer as coisas de uma maneira diferente”, explicou Michael Coteau, ministro dos Serviços para Crianças e Famílias, que apresentou o projeto de lei.
“Se é abuso, e estiver dentro dessa definição, uma criança pode ser removida desse ambiente e colocada em um local protegido, onde o abuso não tem vez”.
O projeto de lei substitui a Lei de Serviços à Criança e à Família, ou Lei 28, que determinava até recentemente como seriam os serviços de proteção à criança, serviços de acolhimento e adoção.
A Lei 28 garantia que o pai ou mãe da criança possuía o direito de “direcionar a educação e a formação religiosa da criança”. Já a nova lei diz que isso pode ser feito “desde que siga a crença da criança ou do jovem, sua identidade comunitária e identidade cultural”.
Ou seja, não são mais os pais que determinam como a criança será criada e sim ela mesma.
Irwin Elman, advogada provincial dos direitos de crianças e jovens de Ontario, afirmou em um comunicado: “Acredito que este novo Ato, em seus princípios, representa uma mudança de paradigma para a província, mostrando seu compromisso com a participação de crianças e jovens em todas as decisões que as afetam, a criação de um sistema de serviço centrado na criança e o compromisso com o antirracismo e as escolhas das crianças”.
Jack Fonseca, estrategista político da Campaign Life Coalition, discorda e desabafou: “Com a passagem da Lei 89, adentramos em uma era de poder totalitário do Estado, algo nunca antes testemunhado no Canadá. Não se engane, a Lei 89 é uma grave ameaça para os cristãos e todas as pessoas religiosas que têm filhos ou que desejam criar uma família através da adoção”.
Em abril, um casal cristão apresentou uma ação judicial contra Hamilton Children’s Aid Society por ter retirado de sua casa duas crianças adotivas porque eles se recusaram a mentir para as meninas, dizendo que o coelhinho da Páscoa era real.
“Nós temos uma política de não mentir”, justificou Derek Baars, um dos pais adotivos, denunciando que uma pessoa que trabalhava no serviço de apoio à criança insistiu que ele e sua esposa, Frances Baars, dissessem para as meninas, de 3 e 4 anos, que o coelhinho da Páscoa era de verdade.
“Nós explicamos à agência que não estamos preparados para dizer às crianças uma mentira. Se as crianças pedissem, não mentiríamos para elas, mas nós não a levantaríamos”.
Os Baars, que são membros da Igreja Presbiteriana Reformada, perderam a guarda das crianças. O argumento da agência governamental de cuidado infantil é que o coelhinho da Páscoa era uma “parte importante da cultura canadense” e por isso os pais tinham de admitir sua existência. Com informações Christian Post

quinta-feira, 1 de junho de 2017

Facebook avisa: “zoar” Jesus pode, Maomé não!

Rede social muda regras, mas diz que “figuras controversas” não precisam de proteção


Facebook avisa: "zoar" Jesus pode, Maomé não!
O Facebook recentemente mudou suas regras e proibiu usuários de postar fotos e imagens que se ridicularizavam pessoas com doenças físicas ou mentais, revela o jornal The Guardian.
A empresa não deu detalhes sobre como esse controle será feito, mas divulgou documentos internos que aconselham seus “moderadores” a ignorarem certos tipos de imagens.
Por exemplo, posts com fotos de pessoas com síndrome de Down acompanhadas de frases depreciativas serão automaticamente apagadas. Também há uma tentativa de eliminar perfis “fakes” embora a rede social não deixe claro como fará isso.

  Realize o Seu Sonho de Tocar Piano sem Sair de Casa. Comece Agora!


“Se você faz esse tipo de piadas no Facebook, não pode fazê-lo de forma anônima. Nós o forçamos a publicar seu nome, caso contrário, nós não permitimos a publicação da página”, afirma um dos documentos revelado pelo Guardian.
O material divulgado pelo jornal inglês mostra como esses 3000 novos moderadores contratados recentemente tentam lidar com postagens consideradas cruéis, insensíveis e abusivas.
Os manuais de treinamento dizem que o Facebook considera o bullying como “um ataque a pessoa(s) com a intenção de ridicularizá-lo(s) ou silenciá-lo(s)”. Mas eles fazem uma distinção entre “pessoa”, e uma “figura pública”, que seria qualquer perfil com mais de 100 mil seguidores.
Essa lista de figuras públicas inclui políticos, artistas, ou qualquer um “que seja mencionado [por nome ou apelido] no título ou subtítulo de cinco ou mais notícias publicadas pela mídia nos últimos dois anos”.
É aí que a rede social parece aprovar o ódio religioso só contra cristãos. No subponto “Pessoas excluídas de proteção”, presente em um dos documentos, lê-se: “Queremos excluir certas pessoas que são famosas ou controversas e não precisam de nossa proteção”.
Segue-se uma lista de exemplos disso, onde aparecem os nomes de Jesus Cristo, o serial killer Charles Manson, o terrorista Osama bin Laden, estupradores, líderes políticos e “pessoas que violam regras de discurso de ódio”.
Curiosamente, o material argumenta que “estrelas” como a cantora Rihanna, por exemplo, podem ser protegidas se postagens sobre elas incluírem sua foto com uma legenda que revele “crueldade”. Mas faz a ressalva que, na maioria dos casos, os “fãs” se encarregarão de defendê-la. Ou seja, comprova que imagens e vídeos considerados “polêmicos” na verdade são bons para o Facebook por que geram mais engajamento, comentários e fazem os usuários permanecerem mais tempo no site da rede social.
Monika Bickert, chefe de departamento de políticas globais no Facebook, disse: “Permitimos um discurso mais forte relacionado com as figuras públicas, mas removemos toda fala sobre essas personalidades quando ultrapassam a linha e se tornam discurso de ódio, ameaça ou assédio”. Contudo, ela não conseguiu explicar onde é o limite dessa linha que não pode ser ultrapassada.
Ao mesmo tempo que Jesus está na lista dos que não precisam ser “protegidos” pelas políticas do Facebook, a rede tem se esforçado para evitar as acusações de islamofobia e apagado com frequência cada vez maior postagens que pareçam ofensivas a Maomé, cujo nome não aparece na lista das “exceções”.
O site The Christian Times aponta ainda que um número crescente de páginas cristãs que defendem posturas conservadoras e/ou fazem denúncias contra ativistas LGBT e movimentos feministas vêm sofrendo censuras, incluindo banimento de usuários e até páginas apagadas.