sexta-feira, 4 de outubro de 2019




INTERNACIONAL

Advogado denuncia China por vender órgãos de minorias religiosas

Muitos estão vivos quando as cirurgias começam para remover órgãos

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Hamid Sabi na ONU. (Foto: Reprodução / Youtube)
Durante uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta terça-feira (1º), integrantes do Tribunal da China denunciaram que centenas de milhares de membros de uma minoria religiosa foram mortos para terem seus órgãos vendidos.
Segundo eles, a minoria muçulmana uigure e o grupo religioso Falun Gong são as maiores vítimas do tráfico de órgãos.
Um advogado de direitos humanos diz que o governo chinês estava retirando corações, rins, pulmões e peles dos grupos religiosos perseguidos.
“A extração forçada de órgãos de prisioneiros de consciência, incluindo as minorias religiosas do Falun Gong e dos uigures, é cometida há anos em toda a China em uma escala significativa, e continua até hoje. Isso envolve centenas de milhares de vítimas”, afirmou Hamid Sabi, advogado do Tribunal da China, durante reunião da ONU.
Para Sabi, trata-se de um crime contra a humanidade que equivale ao genocídio.
“Vítima por vítima e morte por morte, cortar o coração e outros órgãos de pessoas vivas, inocentes, inofensivas e pacíficas constituiu uma das piores atrocidades em massa deste século”, acrescentou o advogado.
“O transplante de órgãos para salvar a vida é um triunfo científico e social. Mas matar o doador é crime”, continuou ele ao fazer a denúncia e apresentando evidências com um relatório sobre o assunto que foi publicado em junho.
Neste documento, foi apresentando “um número muito substancial” de vítimas mortas por ordem do governo, pessoas que foram abertas “enquanto ainda vivas” para que seus rins, fígado, coração, pulmão, córnea e pele fossem removidos e transformados em mercadorias para venda”.
As partes do corpo foram usadas para fins médicos, segundo o relatório, citando tempos de espera extremamente baixos para transplantes de órgãos em hospitais chineses como evidência da prática.
Sabi concluiu dizendo que é “dever” de organismos internacionais como a ONU investigar as conclusões do tribunal “não apenas em relação à possível acusação de genocídio, mas também em relação aos crimes contra a humanidade, que o tribunal não considera ser menos hediondo”.

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