sexta-feira, 15 de maio de 2020

Cuidado com a semente da falsa religião

Ao longo dos séculos, as estratégias dos líderes religiosos avarentos sempre estiveram por detrás de uma falsa religião.
João Paulo Souza
em
 
Semente de feijão - Sê tu uma benção (Reprodução)
Diante do cenário atual em que a falsa semente da teologia da prosperidade insiste em continuar prendendo igrejas e pessoas com seus tentáculos tenebrosos, precisamos falar sobre alguns fatos resultantes de visões adulteradas acerca da Bíblia e trazermos à luz novamente a posição bíblico-cristã acerca dessa espúria doutrina.
Ao longo dos séculos, as estratégias dos líderes religiosos avarentos sempre estiveram por detrás de uma falsa religião que se fundamenta na distorção das Escrituras e na ambição dos bens terrenos.
Jesus fez um alerta sobre os embusteiros de seu tempo: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores” (Mt 7.15).
Ainda sobre esses materialistas, Jesus disse: “tomam posse dos bens das viúvas de maneira desonesta e, depois, para dar a impressão de piedade, fazem longas orações em público (Mc 12.40, NVT).
Aqui, observe-se que eles se valiam de orações públicas para encobrirem suas investidas! Ou seja, sempre maquiavam seus ardis com pretextos espirituais. E hoje não é diferente.
Ainda sobre essa ganância desenfreada, o apóstolo Pedro afirma em 2 Pedro 2.3“Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram” (NVI). Observe que Pedro utiliza a expressão “histórias que inventaram”. Isso mesmo. Esses falsos ensinos são produto das maquinações exploratórias dos falsos mestres, que, quase sempre, são bastante criativos em sua imaginação.
É de fundamental importância pontuarmos também que, geralmente, os falsos mestres “pastoreiam” igrejas cuja membresia é grande em número, haja vista o sem-número de gente interesseira que procura ensinos avarentos.
Outrossim, quase em sua totalidade, essas comunidades possuem megatemplos, que servem como uma espécie de cartão-postal. Até porque a fachada fala mais que mil palavras, não acha? E, para que um empreendimento obtenha sucesso, a boa aparência produz uma impressão agradável aos olhos de quem só vê o exterior “do copo e do prato” (Mt 23.26).
Outro fato relacionado à avareza em muitas igrejas é que líderes avarentos geram ou atraem liderados interesseiros. Daí muitos adquirirem, por valores exorbitantes, “objetos abençoados” tais como o tijolo da casa própria, a toalhinha do milagre, a chave da vitória, a semente de feijão e por aí vai.
Tudo isso com o intuito de conseguirem muito dinheiro, bens, fama e poder, indo na contramão do que ensinou e viveu o Senhor Jesus: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus” (Mt 6.33).
Vale salientar também que nessas igrejas há pessoas sinceras, mas ingênuas, pois, por nunca terem sido ensinadas corretamente ou talvez terem feito um curso de discipulado deturpado, acabam acreditando no que os espertalhões lhes ensinaram. Trocando em miúdos, a ambição dos indoutos, nessa questão, acaba sendo fruto de um conhecimento rasteiríssimo acerca do Evangelho.
De acordo com as Escrituras, a avareza é um pecado que deve ser evitado ferozmente pelos servos de Deus. Provérbios 15.27 diz que “o que se dá a cobiça perturba a sua casa”. Este versículo, na Nova Versão Internacional, está assim: “O avarento põe sua família em apuros”. E Paulo admoestou a Timóteo, dizendo:
Porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes. Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína. Porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores (1 Tm 6.7-10).   
Nesse período delicado em que estamos vivendo, devemos priorizar o Reino de Deus, entretanto também estarmos alertas quanto às falsas religiões. Estas, por sinal, só podem ser identificadas e desarticuladas mediante o conhecimento bíblico ortodoxo e a prática da vontade do Senhor.
Portanto, busquemos sementes, mas sementes da verdadeira religião, advindas unicamente da parte de Deus.

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