quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

Países islâmicos exigem que mundo reconheça Jerusalém como capital palestina

Liderado por Erdogan, cúpula da Organização para a Cooperação Islâmica se reúne em Istambul


Islâmicos exigem Jerusalém como capital palestina
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, liderou uma cúpula extraordinária da Organização para a Cooperação Islâmica (OCI), em Istambul nesta quarta-feira (13). Eles pedem o reconhecimento internacional de Jerusalém Oriental como capital palestina.
Em seu discurso fervoroso diante de dezenas de líderes representando mais de 50 nações islâmicas, o turco acusou os americanos de provocarem um incêndio que “queimará toda a região e o mundo”.
“Não pode haver uma paz regional e global se uma solução para a questão da Palestina não for encontrada”, afirmou Erdgoan, acrescentando que “não podemos ficar olhando uma situação da qual depende o nosso futuro. Esta decisão é também um golpe contra nossa civilização”.
Embora não tenha dito quais os próximos passos, afirmou que os muçulmanos de todo o mundo devem se unir contra a decisão americana.
O presidente turco, que preside atualmente a OCI, subiu o tom e acusou Israel de ser um “Estado terrorista” que viola os direitos dos palestinos. Também criticou a postura americana.
“Os Estados Unidos se mantêm ao lado de quem torna a paz impossível, não daqueles que a desejam. Desta forma, encorajam os extremistas”, reclamou, usando os mesmos argumentos que vinha usando em discursos públicos na Turquia nos últimos dias.
Seu foco não é só os islâmicos, pois mandou um recado à União Europeia: “Os países europeus devem deixar de submeter-se à retórica de Israel de não reconhecer a Palestina”. Para a OCI, é necessária uma intervenção do resto do mundo na disputa de território israelense-palestina, pois “com essa decisão, os EUA deixaram de ser um pacificador”.
“Proclamamos Jerusalém Oriental capital do Estado da Palestina e convocamos os outros países a reconhecerem o Estado da Palestina e Jerusalém Oriental como sua capital ocupada”, insistiram os líderes em uma nota divulgada ao final de uma cúpula.

Abbas rejeita acordos anteriores

Durante a cúpula em Istambul, o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, anunciou que para eles os Acordos de Oslo, assinados em 1993 e qualquer outro assinado desde então, perderam sua validade após a decisão de Donald Trump de reconhecer Jerusalém.
“A decisão sobre o Jerusalém nos libera de todo acordo que tenhamos assinado. Por exemplo, os Acordos de Oslo. Nós o assinamos, mas agora já não estamos comprometidos com nenhum acordo, desde o de Oslo até hoje”, enfatizou o líder palestino.
Pediu também que as Nações Unidas possam assumir o lugar de Washington como medidor de futuros acordos relativos à paz no Oriente Médio. Abbas insiste que a decisão de Trump foi o “maior crime”, uma ameaça à paz na região e que Israel é um “poder invasor” que executa uma política de apartheid em relação aos palestinos. finalizou dizendo que recorrerá ao Conselho de Segurança da ONU para “cancelar” o que os EUA estão fazendo. Com informações das agências

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