quinta-feira, 23 de abril de 2020

Cabrini diz que Brasil é referência na luta contra o coronavírus

Conexão Repórter faz extensa reportagem e mostra realidade em hospital público de SP
Neto Gregório
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Roberto Cabrini em hospital de SP. (Reprodução / SBT)
O programa Conexão Repórter (SBT) desta segunda-feira (20) fez uma extensa reportagem mostrando a realidade da luta contra o coronavírus em um hospital público na grande São Paulo.
Roberto Cabrini, apresentador do programa, revelou como os profissionais da saúde enfrentam o vírus na prática. O jornalista afirmou que o Brasil tem sido referência no combate à pandemia.
“Vamos bater um papo sério, nesse hospital que você acabou de ver, que é público, existem muitos leitos de UTI à disposição” afirmou. Ele diz que “em outros hospitais particulares, a situação é a mesma”, completou.
Para ele, “se a gente considerar a evolução da doença nesses 32 dias de pandemia no país, o Brasil apresenta o segundo maior caso de sucesso no controle do coronavírus até aqui, atrás apenas da Coréia do Sul”.
Cabrini denunciou “alarmante número de contratos sem licitação assinados em caráter de emergência para a compra de equipamentos médicos e produtos de proteção superfaturados” e alertou que a preocupação daqui a um ano será os efeitos econômicos da pandemia.
O apresentador lembrou que o “número de pacientes recuperados da Covid-19 no Brasil, não sei se você sabe, é 16 vezes maior do que o número de vítimas fatais”.
Também questionou os organizadores do Carnaval no Brasil. Quando vão “pedir desculpas à população pela aglomeração que causaram?”.

terça-feira, 21 de abril de 2020

“Estamos aprendendo a depender de Deus”, afirma pastor

Ramon Tessmann fala sobre o papel da igreja em meio à pandemia e o que Deus está dizendo ao mundo.
Neto Gregório
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Ramon Tessmann (Igreja das Nações)
Continuando a nossa série de entrevistas com líderes e pastores de diversas denominações para entender o momento que estamos vivendo, como a igreja deve se portar e o que Deus está dizendo ao mundo, conversamos com o pastor Ramon Tessmann.
Ramon é casado com Amanda Tessmann e pai da Laura. É pastor auxiliar na Igreja das Nações em Criciúma (SC). Formado em administração de empresas, é empreendedor, palestrante e escritor de diversos livros, entre eles “Let’s Elevate” e “Um músico segundo o coração de Deus”.
Para o pastor, a “igreja está tendo uma excelente oportunidade de reflexão sobre seu papel no mundo”. Ele se diz alegre em ver muitos líderes recordando a vida da igreja primitiva e levando o povo “a se manter unido e com esperanças em Deus”.
Tessmann acredita que o papel da igreja neste momento é “proporcionar consolo e esperança, trazer pacificação e socorro aos necessitados”. Além disso, “não esquecer sua principal missão: glorificar a Deus e proclamar o evangelho”.

O que podemos aprender?

O pastor afirma que há muitos ensinamentos, mas diz que dois são primordiais neste momento: dependência e adaptação.
Sobre dependência, ele afirma que “pela primeira vez em nossa geração, temos a chance de compreender um pouco mais o conceito de ‘dependência de Deus'”.
O líder assevera que os desafios causados pela pandemia estão nos ensinando a “não confiarmos tanto na força de nosso braço”. Afirma também que o versículo “Buscai em primeiro o Reino de Deus” nunca fez tanto sentindo como agora.
“Estamos sendo desafiados a nos adaptar em todas as áreas (espiritual, emocional, econômica etc.)”, salienta.
Sobre a tecnologia, o pastor enfatiza que “muitos membros passaram a se alimentar” em outras igrejas através de cultos online, “o que pode enfraquecer sua ligação com a igreja local”.
Ele acredita que igrejas menos estruturadas estão sofrendo maior prejuízo e prevê uma “grande reconfiguração” nas igrejas.

O que se modificará?

“Igrejas que se adaptaram aos novos tempos, que conseguem ‘conversar’ de forma relevante com a sociedade, crescerão”, enfatiza. ” Igrejas que fecharam as portas para qualquer mudança e adaptação enfrentarão problemas”, complementa.
O pastor acredita que muitas igrejas fecharão as portas, “mas novas igrejas se abrirão”. Ele afirma que “será uma temporada de reconfiguração”.
Para o líder, é preciso “entender os tempos e atuar de maneira relevante na internet”. As igrejas que não se preparam para isto, enfrentarão dificuldades para alcançar novas pessoas.
Pastor Ramon Tessmann (Igreja das Nações)

Estamos preparados?

“Vamos precisar de muita fé”, afirma. “Nunca havíamos passado por algo semelhante”, completa.
Ramon diz que é preciso aprender “vivendo um dia após o outro”. “Só a experiência nos dá experiência”, diz.
Ele cita as palavras de Cristo em Mateus 6:34 para enfatizar que não devemos nos preocupar “com o dia de amanhã”, mas confiar na solução divina.

O que Deus está dizendo?

“Voltem-se para mim e confiem em mim”, diz.
“A pandemia parece trazer à humanidade uma consciência mais realista sobre sua incapacidade de reinar sobre si mesmo”, afirma.
“Estamos sendo confrontados com a espantosa fragilidade do homem. O homem é mau e egoísta, essa é a sua natureza”, salienta.
O pastor afirma que “o recado de Deus ao longo da história, o que inclui essa pandemia, é que se não fosse sua soberania, toda a criação se desintegraria” e finaliza enfatizando a necessidade de “mais temor ao Senhor”.

domingo, 12 de abril de 2020

“Colocamos nossa confiança nas mãos do Todo-Poderoso”, afirma Trump

Presidente norte-americano faz discurso de Páscoa em meio à pandemia
Neto Gregório
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Donald Trump em discuso na Casa Branca. (Carlos Barria / AP)
O presidente dos Estados Unidos Donald Trump participou de uma bênção de Páscoa com o bispo Harry Jackson no Salão Oval da Casa Banca nesta sexta-feira (10). Em seu discurso, o presidente enfatizou sua confiança em Deus em meio à pandemia.
“Enquanto nossa nação luta contra o inimigo invisível [coronavírus], reafirmamos que os americanos acreditam no poder da oração”, afirmou.
Trump também agradeceu a Deus pela “majestade da criação e pelo dom da vida eterna” e reafirmou sua “confiança nas mãos do Deus Todo-Poderoso”.
Em sua atualização à imprensa sobre a força-tarefa criada para combater o coronavírus, o presidente voltou a citar a oração.
“Neste domingo, milhões de cristãos celebrarão a Páscoa. Neste momento sagrado, oramos para que Deus cure os enfermos, conforte o coração entristecido e abençoe nossos heróis”, discursou.

sábado, 11 de abril de 2020

Jesus e a Páscoa judaica

“Qual o significado de Pessach (Páscoa) se não for para manter vivas as nossas memórias?” – Elie Wiesel.
Alexandre Dutra
em
 
A Última Ceia, por Leonardo da Vinci.
Afinal quantas Páscoas existem? Ao longo da história podemos identificar ao menos cinco páscoas:
  • A do Egito (Êx 12), a primeira, um acontecimento único, singular, sem repetição, envolvendo dez pragas e a libertação dos hebreus da escravidão no Egito;
  • A judaica (Lv 23), ordenada por Deus como uma das solenidades do Senhor aos israelitas quando chegassem na terra prometida em conexão com a Festa dos Ázimos (Matzot) e com a Festa das Primícias (Habicurim), que ao longo dos séculos sofreu acréscimos até chegar na sua formatação atual;
  • A do Messias, como os judeus crentes da igreja do Século I foram ensinados pelo apóstolo Paulo sendo o sacrifício do cordeiro “Porque Cristo, nossa páscoa, foi sacrificado por nós” (1Co.5:7b comp. Êx.12:27);
  • A Pagã, um sincretismo religioso, envolvendo os símbolos da fertilidade, da primavera no hemisfério norte, como coelhos e ovos (Easter), com quaresmas, proibições de se comer carne, etc.;
  • e por último a Comercial, que alavanca as vendas de roupas e brinquedos para as crianças, mas que nos últimos anos tem perdido lugar para o coelhinho que bota ovo de chocolate.
Páscoa significa: passagem; passar por cima; quando o Senhor passaria pelo Egito para derramar a décima e última praga a morte dos primogênitos (Êx.12:12,13)
Geralmente a Páscoa Cristã não coincide com a Páscoa Judaica. Isso porque elas são baseadas em calendários diferentes. A marcação da data judaica é baseada no calendário lunar de 354 dias. Enquanto a cristã é baseada no calendário solar de 365 dias.
Isso explica o desencontro das datas de comemoração pelos dois grupos. Além de ser proposital ou por parte da cristandade institucional que as datas não coincidam de acordo com o Concílio de Nicéia (325 d.C.); esse ano as datas coincidiram: 14 Nisã (judaica) com 30 de Março (cristã).
Agora vejamos o Senhor Jesus no Seder de Pessach (ordem do jantar da Páscoa), ou seja existe uma sequência na celebração do Pessach do qual o Senhor participou e através do qual ele instituiu a Ceia do Senhor como um memorial a todos os seus discípulos.
A cerimônia da Páscoa pode ser realizada em casa, em um restaurante, ou em qualquer outro lugar combinado previamente pelos participantes Lc.22:8-9 “E mandou a Pedro e a João, dizendo: Ide, preparai-nos a páscoa, para que a comamos. E eles lhe perguntaram: Onde queres que a preparemos?”
O ritual da Páscoa começa uma semana antes. A dona de casa irá retirar todo o chamêtz (fermento) da casa. Na véspera da Páscoa (Erev Pessach) se inicia a cerimônia intitulada “Bedihat Chamêtz” (a procura do fermento). Essa cerimônia é uma referência a Êx.12:8 “E naquela noite comerão a carne assada no fogo, com pães ázimos; com ervas amargosas a comerão”.
Há uma pesquisa feita pelo pai, com a ajuda dos filhos com as luzes apagadas; uma vela acesa, uma pena e uma colher de pau na mão, em toda a casa para se encontrar fermento ou alimento fermentado. Deixa-se propositalmente pedaços de chamêtz (fermento) em lugares da casa, para serem encontrados pelo pai e as crianças, recolhe-se esses chamêtz coloca-se tudo em uma sacola de papel que será queimada antes do Pessach.
O fermento na Bíblia às vezes é usado como símbolo do pecado, corrupção, malícia, etc. 1 Coríntios 5:8 “Por isso façamos a festa, não com o fermento velho, nem com o fermento da maldade e da malícia, mas com os ázimos da sinceridade e da verdade”.
Antes do pôr do sol e de assentar-se, a mãe do lar e suas filhas ascendem as velas (Hadlakhat Haneirot) e recitam uma oração. Pedindo a Deus que restaures a luz divina que foi extinta pela mulher, Eva. Há uma tradição rabínica que diz que o Messias virá na noite de Pessach. Essa é a esperança de todo judeu piedoso. O ascender das vela é uma referência a nona praga – a das trevas no Egito, enquanto na casa dos hebreus havia luz (Êx.10:22-23).
Sabemos da declaração de Jesus “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” (Jo.8:12b).
O Pessach judaico inicia-se com a recitação do kiddush (santificação) e a ingestão do primeiro copo de vinho denominado kós kidush (copo da santificação). Esse copo representa a primeira promessa de Deus para Israel “e vos tirarei de debaixo das cargas dos egípcios” (Êx.6:6).
O pai da família lava as mãos (urchatz), desempenhando o papel de sacerdote. O Senhor Jesus desempenhando o papel de Sumo-Sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque (Sl.110:4; Hb.5:10) lavou os pés dos discípulos no Pessach (Jo.13).
Depois de lavar as mãos mergulha-se a karpas (verdura), em água salgada, recita-se a bênção e a karpas é comida em lembrança às lágrimas do sofrimento do povo de Israel. A verdura, que tem cor verde, representa o hissopo que foi utilizado para pôr o sangue do cordeiro nas ombreiras e verga da porta das casas dos israelitas (Êx.12:21-23), bem como o hissopo que foi usado para dar o vinagre para o Senhor Jesus na cruz (Jo.19:29).
Logo após, pega-se o Yachatz (um guardanapo de tecido costurado com três divisões, de maneira que as três matzot (pães ázimos – sem fermento) fiquem guardadas cada uma em uma divisão separadamente. Cada uma destas três Matzot é chamada de Echad – Unidade. Todos ficam em pé e tocam as matzot que estão sobre a mesa e recitam: “este é o pão da aflição que nossos pais comeram no Egito; que qualquer pessoa que esteja faminta entre e coma; e aqueles que estão do lado de fora, entrem e celebrem a Páscoa; hoje celebramos aqui, mas no próximo ano, em Jerusalém; este ano somos servos, mas no próximo ano seremos livres em Jerusalém”.
Pega-se o Yachatz tira-se a matzá do meio e a parte, devolve-se um pedaço ao Yachatz e embrulha-se a outra parte em um pano e a escondem. Essa parte escondida chama-se Afikôman e será descoberto depois da ceia. O Yachatz com as três matzot é tradicionalmente chamada de unidade dos patriarcas: Abraaão, Isaque e Jacó.
Outros explicam que é uma unidade de adoração: Sacerdotes, Levitas e o povo de Israel. Mas, nenhuma dessas explicações respondem adequadamente o por que que a matzá do meio é tirada e quebrada, e não qualquer uma das outras. Nós que conhecemos o Messias, vimos a Unidade de Deus – a tri-unidade do Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Três em um, as três matzot colocadas em um guardanapo costurado. Na matzá do meio nós vemos o Messias, que foi tirado e partido por nós. A matzá (pão sem fermento) fala profeticamente da vida e obra do Messias e como ela seria: perfeita, pura e sem mácula.
A Matzá também é um símbolo de aflição, especialmente quando quebrada. Para nos salvar, Deus teve que sofrer em carne! Ele se tornou homem (matzá quebrada), porém nunca deixou de ser Deus (matzá devolvida ao Echad). Como homem ele sofreu por nós (Is.53:1-12), foi morto, sepultado (afikôman escondido), e ao terceiro dia ressuscitou (como os primeiros frutos no primeiro dia da semana – domingo), após a Páscoa (Lv.23:9-12), vencendo a morte para nos dar vida eterna e foi feito as primícias dos que dormem, ou seja ressuscitou para nunca mais morrer (1Co.15:23).
Na sequência temos o Maguid (conto). Conta-se a história do Êxodo do Egito e sobre a instituição de Pessach através da resposta a “quatro perguntas”. E bebe-se o segundo copo de vinho, que chama-se: kós misdshpát (copo do juízo), o juízo de Deus sobre Faraó e o Egito por meio das dez pragas (Êx.12:12). Jetro, o sogro de Moisés, vai reconhecer que o SENHOR é maior que todos os deuses (Êx.18:10,11).
Segundo rabi Gamaliel, durante a narração do Pessach, devia ser mencionado as três testemunhas, e quem não as mencionasse, não teria cumprido o preceito do Seder: O Cordeiro, a Matzá e o Marór (ervas amargas), uma citação a Êxodo 12:8. Desde a destruição do templo no ano 70 d.C os judeus não comem cordeiro no Pessach, mas à mesa há um osso assado que representa o cordeiro, cujo sangue marcava as casas dos filhos de Israel, significando sua fé e obediência ao mandamento do Eterno (Êx.12:3,5-8,11,13).
O Senhor Jesus é chamado por João Batista de “o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo.1:29). O cordeiro do Êxodo seria separado no dia 10 até o dia 14 de nisã e a exigência era: “sem defeito” (Êx.12:4-5). O 14 de Nisã é o dia da Páscoa, o cordeiro guardado por 4 dias seria sacrificado á tarde, se não apresentasse nenhum defeito, afim de estar apto para o sacrifício (Êx.12:6).
Sacrificado à tarde:  Segundo Flávio Josefo, esse sacrifício era oferecido entre as 15 e 17 horas. Jesus entregou seu espírito na hora nona (16h), conforme Lucas 23:44-46; Mateus 27:46; Marcos 15:33-37. O Senhor Jesus após três anos de ministério público, e após ser preso foi interrogado (examinado como cordeiro) pelo Sumo-Sacerdote e Sinédrio (Mt.26:57-60), por Pilatos e Herodes (Lc.23:13-15). O Cordeiro de Deus foi achado perfeito, sem culpa João 8:46 “Quem dentre vós me convence de pecado? E se vos digo a verdade, por que não credes?”
Ao longo dos séculos um ovo tem sido acrescentado ao Seder, chamado: Khaguigá, o ovo é considerado por muitos como a nova vida e a vida eterna, por sua forma oval que não mostra início nem fim. Depois disso canta-se os Salmos 113 e 114 como hinos de gratidão. Lava-se as mãos novamente e o chefe da casa ergue os três pedaços de matzá as abençoa parte e as distribuí. É nesse momento que o Senhor Fala do pão como seu corpo que é partido: (1Co.11:23-24). Em seguida come-se o Marór (raiz forte) relembrando a escravidão e o sofrimento dos filhos de Israel no Egito. Terminada essa parte serve-se um jantar farto e saboroso em um ambiente alegre e festivo. Ao término da refeição, as crianças procuram o Afikôman.
O terceiro cálice é servido: kós gueulá (copo da redenção) diz respeito a terceira promessa: “(…) e vos resgatarei com braço estendido e com grandes juízos” (Êx.6:6). É justamente nesse momento, depois da ceia (jantar da Páscoa) que o Senhor Jesus, abençoa esse cálice (Mt 26:27), e fala do seu sangue que será derramado para a remissão dos pecados, estabelecendo assim a Ceia do Senhor – O memorial da morte, sepultamento e ressurreição (Mt.26:28;1Co.11:25-26).
Na sequência é apresentado o cálice de Eliahu HaNavi (Elias o profeta). Esse ato fala sobre a profecia em que o profeta Elias antecederia e apresentaria o Messias prometido a Israel (Ml.4:5). Leiamos as palavras de Jesus sobre o assunto: “E, se quereis dar crédito, é este [João, o batista] o Elias que havia de vir” (Mt.11:13-14).
Hallel (louvor) canta-se os Salmos 115 à 118,  conforme está descrito em Mateus 27:30 “E, tendo cantado o hino, saíram para o Monte das Oliveiras”. O Senhor Jesus não toma o último cálice: kós brachá (copo de louvor) que trata da quarta promessa: “E eu vos tomarei por meu povo, e serei vosso Deus; e sabereis que eu sou o SENHOR vosso Deus, que vos tiro de debaixo das cargas dos egípcios” (Êx.6:7). Ele promete que: “o tomará novo, com seus discípulos, no reino de seu Pai” (Mt.26:29).
Assim o Seder de Pessach agora foi cumprido – Nirtzah (ser aceito), de acordo com os costumes, estatutos e a Lei. Seus propósitos foram revelados, mostrando assim, que a nossa redenção é completa em Jesus o Messias. A última frase do Pessach é pronunciada: Leshaná HaBaá Biyerushalaym – No ano que vem em Jerusalém. “Porque todas as vezes que comerdes este pão e beberdes este cálice anunciais a morte do Senhor, até que venha” (1Co.11:26). Maranata, ora vem Senhor Jesus!

O Senhor de Betânia

Jesus tem soluções certeiras para os problemas humanos.
João Paulo Souza
em
 
Jesus consola Marta e Maria. (churchofjesuschrist.org)
Quando lemos todo o capítulo 11 de João, verificamos que o pano de fundo da aplicação teológica da história é a confiança na Pessoa de Jesus Cristo. No texto em tela aparecem vários momentos de incertezas.
Todavia, estes são solucionados pela visão, pelas atitudes e pelo poder do Senhor. A seguir, vejamos quatro problemas que Jesus teve que lidar quando da sua ida a Betânia.
O primeiro problema que o texto de João 11.1-45 apresenta é a morte de Lázaro, amigo de Jesus (v. 1-3). No entanto, diferente do que Marta e Maria esperavam, Jesus permaneceu onde estava (v. 6), em outro lugar também chamado de Betânia, onde João Batista costumava batizar os arrependidos (Jo 1.28; 10.40).
Além disso, o Médico dos médicos respondeu aos mensageiros enviados da seguinte forma: “Esta enfermidade não é para a morte, mas para glória de Deus, para que o Filho de Deus seja glorificado por ela” (v. 4). Com isso Jesus procurou acalmar as irmãs com uma palavra alvissareira.
Mais adiante no texto surge mais um problema, que é a volta de Jesus para a Judeia, mais precisamente Jerusalém, onde pouco tempo antes Ele havia quase sido assassinado a pedradas pelos judeus (Jo 10.31).
A decisão de retorna à Jerusalém foi do próprio Jesus (v. 7), o que despertou medo nos seus discípulos: “Disseram-lhe os discípulos: Rabi, ainda agora os judeus procuravam apedrejar-te, e tornas para lá?”
Ao que o Senhor respondeu: “Não há doze horas no dia? Se alguém, andar de dia, não tropeça, porque vê a luz deste mundo. Mas se andar de noite, tropeça, porque nele não há luz” (v. 9-10). Em outras palavras, Jesus estava dizendo aos seus seguidores: “Eu sei o que estou fazendo”.
Após ter permanecido dois dias dalém do Jordão, na outra Betânia, e de estar de caminho para Jerusalém, Jesus revelou aos discípulos que Lázaro havia morrido (v. 11-14). Ou seja, o terceiro problema eclodiu naquele momento. E o que fazer diante de um fato terrível como esse? O Senhor responde: “folgo, por amor de vós, de que eu lá não estivesse, para que acrediteis. Mas vamos ter com ele” (v. 15).
Observemos a forma como Jesus lidou com a morte naquela ocasião, tratando-a como um sono. Para nós a morte é terrível, mas para Deus é um sono. A visão do Criador é bem diferente da nossa!
Ao chegar em Betânia, aldeia de Maria e de sua irmã Marta, o Senhor verificou que já haviam passado quatro dias. Mas por que Jesus chegou no quarto dia? Porque, entre os judeus, havia a crença de que, após a morte, a alma da pessoa falecida pairava próximo ao corpo, querendo retornar[1]. Daí Jesus ter planejado chegar exatamente no quarto dia, quando todas as esperanças de que o corpo de Lázaro voltasse a vida haviam se esgotado.
Depois que as esperanças dos aldeões de Betânia haviam acabado plenamente, o Mestre depara-se com o quarto problema em dois aspectos, isto é, na falta de confiança plena nele pelas irmãs e na incredulidade dos judeus. O primeiro aspecto por parte de Marta (v. 21, 24, 27-28, 39-40) e de Maria.
A primeira, apesar de crer que Lázaro poderia ser ressuscitado no “último Dia”, não cria, naquele momento, que Jesus pudesse ressuscitar o seu irmão (v. 39-40). A segunda, Maria, que, à semelhança de Marta, disse: “Senhor, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” (v. 32). O choro efusivo de Maria a impedia de enxergar que o Criador estava ali bem pertinho dela (Jo 1.1-3).
E o segundo aspecto foi a incredulidade dos judeus que estavam presentes diante do túmulo de Lázaro (v. 42).
No entanto, frente a frente com os presentes, o Senhor Jesus revela:
  • a Marta que Ele é a “ressurreição e a vida” (v. 25) e que ela deveria crer, para que pudesse ver a glória de Deus (v. 40);
  • a Maria, Ele chora junto com ela (v. 35), demonstrando empatia e plena condição de realizar o milagre, quando foi até o sepulcro (v. 38);
  • e diante dos judeus, quando faz uma petição e um agradecimento a Deus diante da caverna e dos incrédulos (v.41-42).
Aqui vemos Jesus ampliando a fé de Marta, fortalecendo a de Maria e corrigindo a dos judeus, demonstrando claramente que Ele era o Senhor de Betânia.
Concluímos, pois, que Deus tem soluções certeiras para os problemas humanos, e que, no caso de Betânia, a solução foi alcançada por meio de um milagre que, como consequência, produziu muitas conversões (v. 45). Portanto, confiemos plenamente no Senhor de Betânia.
[1] CHAMPLIN, R. N. O Novo Testamento interpretado: Versículo por Versículo, Volume 2: Lucas, João. São Paulo: Hagnos, 2014, p. 605.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

Pastor de 90 anos que sobreviveu ao câncer é curado do coronavírus

“Deus curou meu pai”, diz filho de José Lopez.
Neto Gregório
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Pastor José Lopez. (Foto: Reprodução / Facebook)
Causo a morte e dou a vida, causo a ferida e faço sarar“, lembra Deus ao povo de Israel – e a nós – em Deuteronômio 32:39. A vida do pastor José Lopez, de 90 anos, com histórico de câncer e diabetes e que está curado do coronavírus parece ser a demonstração exata dessa verdade divina.
“Deus o curou. Por toda a saúde do meu pai – meu pai não deveria estar vivo”, testemunha Hector Lopez, filho da vítima de coronavírus.
Hector contra que foi até a casa do seu pai para se despedir dele. A família não havia contado ao pastor que ele estava infectado.  Alguns dias após a hospitalização e o teste positivo, os médicos disseram que o vírus havia começado a desaparecer.
O testemunho foi contado à filial da rede de TV CBS, em Sacramento. O pastor José frequenta a Lathrop Community Church em Lathrop, Califórnia (EUA).
número de pessoas curadas do coronavírus passou de 300 mil em todo o mundo.