segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Não faça da política seu ídolo

Se os crentes tiverem na evangelização o mesmo empenho que estão tendo para divulgar seu candidato a presidente eu ouso dizer que o Brasil pode ser totalmente evangelizado em menos de um ano


Não faça da política seu ídolo
Ninguém nega que a política desempenha um papel muito importante nas nossas vidas, através de decisões políticas nossa vida pode ficar muito mais fácil ou extremamente difícil. Alguns até dizem que se você não gosta de política vai acabar sendo governado por quem gosta.
Nem preciso comentar muito sobre o quão importante a política se tornou para os brasileiros nos últimos anos, muitos sabem o nome dos onze ministros do STF, mas não sabem a escalação com os 11 jogadores titulares da Seleção Brasileira!
Muita coisa tem mudado na nossa política recentemente, e boa parte dessa mudança deve-se à maciça participação dos protestantes/evangélicos no cenário político seja como formadores de opinião ou como eleitores.
Eu tive a graça de crescer dentro do evangelho, em uma época que no Brasil ser “crente” era ser um bicho esquisito, música de crente não tocava em rádio tampouco na Rede Globo (nem existia “Gospel”) e o Malafaia ainda tinha um bigode de respeito.
Nesta época tudo era exageradamente espiritualizado, nada deste “mundo material vil e pecador” era importante e até problema com o carburador do carro era tratado com oração. Política então era coisa do capeta, se houvesse algum membro da igreja querendo se meter em política era logo chamado de ‘carnal’ e colocado dentro do círculo de oração de fogo.
Mas o Malafaia raspou o bigode e então tudo mudou! Os crentes descobriram que eles ainda não estavam na Nova Jerusalém e decidiram exercer o seu papel de cidadão no Brasil mesmo, foi um despertar importante e necessário, mas eu já estou achando que os irmãos foram com muita sede ao pote.
A política existe para facilitar a vida das pessoas, e por isso é importante, mas a política não pode se tornar mais importante do que as próprias pessoas! Parafraseando o que Jesus disse em Marcos 2:27, a política foi feita por causa do homem e não o homem por causa da política.
Muitos irmãos da fé estão colocando a política na posição de ídolo como se através da política fosse possível obter até mesmo salvação para a alma. Se os crentes tiverem na evangelização o mesmo empenho que estão tendo para divulgar seu candidato a presidente eu ouso dizer que o Brasil pode ser totalmente evangelizado em menos de um ano, e isso resolveria problemas que nem o melhor político da história jamais teve ou terá o poder de resolver.
Uma das terríveis consequências dessa idolatria política está sendo a destruição de relacionamentos até mesmo dentro de famílias. Não se deve colocar política acima de amizades, nem mesmo acima da mais fraca amizade. Quando você coloca política como algo mais importante do que o amor ao próximo isto te torna exatamente igual a tudo de ruim que você acredita lutar contra, se você odeia e deseja o mal para o seu irmão que supostamente “prega o discurso do ódio” o que te torna diferente dele?
Todo mundo está dizendo lutar pela democracia, mas absolutamente todos os genocídios e ditaduras foram precedidos de ideologias que desvalorizavam uma pessoa de acordo com as ideias que ela tinha.
Mesmo que você esteja defendendo o valor mais puro e lindo do mundo, não vale nada se você odiar quem discorda de você, lembre-se que muitas pessoas na história já fizeram coisas terríveis achando estar fazendo por amor a Deus.
“Qualquer que confessar que Jesus é o Filho de Deus, Deus está nele, e ele em Deus.
E nós conhecemos, e cremos no amor que Deus nos tem. Deus é amor; e quem está em amor está em Deus, e Deus nele.
Nisto é perfeito o amor para conosco, para que no dia do juízo tenhamos confiança; porque, qual ele é, somos nós também neste mundo.
No amor não há temor, antes o perfeito amor lança fora o temor; porque o temor tem consigo a pena, e o que teme não é perfeito em amor.
Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro.
Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu?
E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão.” 1 João4:15-21


Felipe Machado

Casado, engenheiro por formação e apologista cristão por vocação.

Quando Deus desaparece

A "teologia do eu" vem tomando conta de nossas igrejas


Quando Deus desaparece
Hoje, em nosso meio, contrastando com a teologia de João, a “teologia do eu” vem tomando conta de nossas igrejas, nas quais homens inescrupulosos são literalmente entronizados, tendo os seus nomes venerados por audiências incautas e idólatras.
Pelo título deste artigo, talvez você ache um paradoxo pensarmos que Deus possa desaparecer, já que Ele é um ser espiritual e invisível (Cl 1.15). De fato, ninguém jamais teve uma visão perfeita de Deus (1 Jo 4.20). Porém, ao nos referir a “desaparecer”, queremos evidenciar a perspectiva teológica entendida por João Batista: “Convém que ele [Jesus] cresça e que eu diminua” (Jo 3.30, grifo nosso).
No auge de seu ministério, João Batista viu Jesus despontando com muita força na Palestina. O filho de Isabel e Zacarias foi o precursor do Mestre na pregação do arrependimento de pecados e no batismo em águas dos que se voltavam para Deus. Mas, num certo dia, foi avisado pelo próprio Deus que iria aparecer um homem que atrairia a atenção do povo para si: “Vi o Espírito descer do céu como pomba e pousar sobre ele. Pois eu, de fato, vi e tenho testificado que ele é o Filho de Deus” (Jo 1.32, 34). Após receber a notícia de que deixaria de ser o centro das atenções, pois certamente a sua audiência iria diminuir, João agiu naturalmente: “É necessário que ele [Jesus] cresça e que eu diminua” (Jo 3.30, grifo nosso). João tinha uma teologia saudável. Ele entendia que precisava “desaparecer” diante dos homens para que Jesus pudesse ser notado com mais veemência entre o povo.
Todavia, com uma teologia inflamada pelo ego, os discípulos de João foram até ele tentar dissuadi-lo do propósito de “desaparecer” de entre os homens, dizendo que Jesus estava batizando, e que “todos lhe saíam ao encontro” (Jo 3.26). Ao que respondeu aos seus pupilos: “O homem não pode receber coisa alguma se do céu não lhe for dada” (Jo 3.27). Com esta resposta, o precursor do Mestre queria ensinar duas coisas aos seus discípulos: 1) todo ministério tem começo, meio e fim e 2) que eles precisavam estar sensíveis para perceberem Deus agindo no ministério de Jesus.
A perspectiva teológica de João não fundamentava o seu sucesso na busca da fama de seu ministério, mas na preeminência de Jesus em tudo. Para João, Jesus “crescendo” é o que importava, pois foi para isso que ele veio ao mundo, porque a sua missão era ser apenas uma “voz”, a voz do que clamava no deserto (Jo 1.23).
Contudo, hoje, em nosso meio, contrastando com a teologia de João, a “teologia do eu” vem tomando conta de nossas igrejas, nas quais homens inescrupulosos são literalmente entronizados, tendo os seus nomes venerados por audiências incautas e idólatras. Essa compreensão humanista e diabólica, alicerçada na busca do “aparecer” e do “crescer” humanos, tem legitimado o “desaparecimento” paulatino de Deus desses cultos e da vida diária dessas igrejas, corroborando, assim, está inegável verdade: “Quando o homem aparece, Deus ‘desaparece’”.



João Paulo Souza

33 anos; casado com Marcela Souza; servo do Senhor e Salvador Jesus Cristo. É pedagogo e pós-graduado em Coordenação Pedagógica.

sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Feministas lançam bombas incendiárias contra igreja na Argentina

Passeata deixou rastro de destruição em Trelew


Feministas atacam igreja
Feministas atacam igreja. (Foto: Reprodução / Twitter)
Um ataque com bombas incendiárias, do tipo molotov, contra uma igreja na cidade de Trelew, sul da Argentina, marcou o 33º Encontro Nacional de Mulheres (ENM), realizado de 13 a 15 de outubro. As pautas dos encontros estavam focadas na promoção do aborto e da ideologia de gênero. No domingo (14), as participantes fizeram uma marcha pelas ruas da cidade, onde pediam, entre outras coisas “Estado laico”, pois culpavam a Igreja Católica pela decisão do Senado em não legalizar o aborto.
Fotos e vídeos divulgados nas redes sociais mostram um grupo de feministas atacando a paróquia Nossa Senhora Auxiliadora enquanto havia fiéis dentro do templo, celebrando uma missa.
Prédios públicos e residências também foram atacados, deixando um rastro de destruição após a passagem das feministas. Além dos coquetéis molotov, jogaram pedras contra os prédios e picharam slogans do movimento nas paredes. Entre eles: “Aborte sua heterossexualidade”, “Igreja e Estado tem de ser separados”, “Morte aos machos não é uma metáfora” e “lesbianize-se”.
A polícia foi chamada e dez mulheres foram presas em flagrante. O ENM atraiu cerca de 50.000 mulheres para Trelew e políticos locais estão denunciando que o governo federal doou dinheiro para ONGs que promoveram o evento, sob a justificativa de “debater a situação das mulheres”.
Vilma Ripoll, do Movimento Socialista dos Trabalhadores, justificava a promoção de uma “apostasia coletiva” onde as mulheres pediriam a desfiliação da Igreja Católica negando o batismo.

Outros ataques

Não foi o primeiro ataque contra igreja desde que o projeto de legalização do aborto foi rejeitado na Argentina em agosto deste ano. Em setembro, uma escola católica na cidade de San Justo foi pichada com mensagens de ódio contra a Igreja Católica, enquanto estudantes arrancaram as imagens religiosas sob a justificativa de defenderem a separação entre Igreja e Estado. Com informações ACI Prensa

segunda-feira, 15 de outubro de 2018


Estamos em guerra contra o comunismo e precisamos vencê-la

O marxismo sempre foi e sempre será um flagelo para a Igreja e para a nação



Estamos em guerra contra o comunismo e precisamos vencê-la

“Guerra” é uma palavra forte, mas quem ainda não foi contaminado pelo delírio marxista sabe muito bem que estamos falando de algo muito maior que uma simples escolha de governantes. Estamos falando da escolha entre a vida e a morte, entre o avanço e a falência, entre uma normalidade civil e uma sociedade patogênica. A história da Rússia e do leste europeu são claros testemunhos históricos, ignorados apenas por aqueles que desejam reproduzir os mesmos infernos.
A Venezuela é talvez o termômetro mais acessível sobre o perigo que corremos. Os que hesitam em usar bem seu voto e nos tirar dos trilhos esquerdistas rumo aos abismos profundos da loucura bolivariana deveriam mudar-se para Coreia do Norte ou Cuba. Melhor desfrutarem por livre e espontânea vontade de seu inferno particular do que obrigar todos a viver nele por causa de sua loucura voluntária.
O Brasil se encontra pela quarta vez diante da esfinge e será devorado totalmente se for tolo diante dela. Às vezes, foram usadas armas nessas guerras, em outras só a astúcia. De qualquer forma, importa fazer a hora mais uma vez e não esperar acontecer.

A primeira guerra

A primeira vez foi em 1935 com a famosa Intentona Comunista, sob a batuta de Luiz Carlos Prestes, num movimento manipulado pela antiga URSS. Em seu manifesto de 5 de julho, ele afirmava que a situação era de guerra e cada um precisava ocupar seu posto. Parafraseou Marx e Engels dizendo no seu manifesto: Vós que nada tendes a perder, e a riqueza imensa de todo Brasil a ganhar… Organizai o vosso ódio contra os dominadores, transformando-o na força irresistível da revolução brasileira. Apesar de toda essa histeria, a derrota deles foi fulminante. Vencida a primeira guerra.

A segunda guerra

A segunda guerra é bem conhecida e também distorcida por todos os meios. Aconteceu em 1964. A ação dos militares teve por finalidade impedir um governo comunista no país. Jango, que seria presidente no lugar de Jânio Quadros, estava na China quando soube da notícia da renúncia. Na China ficou claro seu intento de comunizar o Brasil.
Ademais, Jango fizera na China um pronunciamento radical, em que revelou sua intenção de estabelecer também no Brasil uma república popular [eufemismo para ditadura comunista], acrescentando que, para tanto, seria necessário contar com as praças para esmagar o quadro de oficiais reacionários. De posse de uma gravação desse pronunciamento de Goulart, os ministros militares amadureceram a intenção de impedir sua ascensão ao poder.
A ação militar impediu nova vitória do comunismo. Só enganados e enganadores diriam o contrário. Mais uma vez o Brasil foi salvo.

Terceira tentativa

A terceira tentativa foi a dos terroristas que com o auxílio de Cuba e URSS tentaram derrubar o governo por meio das guerrilhas. Ainda que a atual historiografia brasileira tente negar por repetição que o céu é azul e o sol amarelo, é óbvio que os que lutaram contra o regime militar nada mais queriam do que uma ditadura aos moldes da cubana.
Quanto à revolução brasileira, Cuba apoiou a formação de guerrilheiros, desde o momento que assumiu o papel de exportar a revolução, quando o Brasil vivia sob o regime democrático de João Goulart, ou seja, antes da instauração da ditadura.
Essa nova batalha teve duas consequências. Por um lado produziu os Atos Institucionais que marcaram o período de luta contra o comunismo. Mas não foi só isso.
Houve algo mais sutil. Desde o princípio surgiu uma dúvida sobre a estratégia de vencer o governo instituído. Seria a luta armada o melhor caminho? Ou era melhor tentar a vitória gradativa por meios democráticos? Por fim uma boa parte do movimento comunista optou pela luta armada. Subterraneamente, porém, muitos intelectuais marxistas continuaram atuando na educação e na cultura, preparando o que provocaria essa quarta guerra da nação contra as intenções comunistas.

A quarta guerra

Quando uma ideologia que acredita na “ditadura do proletariado” como a solução dos dilemas humanos fala em “democracia”, é bom desconfiar. De fato, a abertura democrática reivindicada nada mais era do que a oportunidade para uma nova tentativa de “tomada de poder” pelos crentes marxistas. Um misto de manipulação cultural, ocupação de espaços e agressividade política fez com que a agenda mais uma vez avançasse. No cronograma da seita principal, o poder quase absoluto já deveria ter sido conquistado. Felizmente, mais uma vez não deu certo e estamos em meio à uma guerra que precisa novamente ser vencida.
O marxismo sempre foi e sempre será um flagelo para a Igreja e para a nação. É preciso que a voz e o voto estejam conscientes do que está em jogo. Mais do que um candidato, estamos escolhendo um destino. Não apenas um destino individual, mas coletivo, nacional. E mesmo que muitos, dentro do próprio país, estejam remando em direção contrária, ou por ingenuidade ou por maldade, cabe àqueles que veem as coisas claramente, agir com sanidade e salvá-los deles mesmos.

O papel da Igreja

Vale lembrar que na década de 1960, Deus levantou homens como o pastor Enéas Tognini para que a Igreja orasse contra o comunismo. E Deus ouviu a oração de seu povo. Do mesmo modo, durante as décadas de 60 e 70, houve um avivamento no Brasil. E muitos jovens, cheios do Espírito Santo, agiram no sentido de deter a onda comunista que já atuava nas universidades. Agora é a nossa vez.
Eu concordo com alguns, como Martin Lloyd-Jones, que Deus pode usar o comunismo para lidar com a Igreja. Mas também creio que Deus é poderoso para usar a Igreja, mais uma vez, para lidar com o comunismo. O marxismo pode usar nomes e táticas diferentes para alcançar o domínio totalitário pretendido, mas sua essência anticristã permanece a mesma. E a igreja está aqui para se opor a isso.
 AUGUSTO, Agnaldo del Nero. A grande mentira. Rio de Janeiro: Bibliex, 2001, p. 40
 Op. Cit. p. 71
 ROLLEMBERG, Denise. O apoio de Cuba à luta armada no Brasil. Rio de Janeiro: MAUAD, 2001, p. 19
 LEWIS, Paul N. Renovação na Igreja Brasileira. Americana: Impacto Publicações, 2013, pp.101, 102
 LLOYD-JONES, Martyn. Do temor à fe. São Paulo: PES, 2008

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Haddad agora busca apoio de evangélicos e da CNBB

Mudança de estratégia para o segundo turno inclui afastar-se de Lula


Fernando Lula Haddad
Poste de Lula. (Foto: Divulgação)
Após uma avaliação da campanha no primeiro turno, onde teve 29,28% dos votos válidos, o Partido dos Trabalhadores já trabalha com uma mudança de estratégia. A primeira delas é tentar afastar a imagem do candidato Fernando Haddad de Lula. Além de parar de visitar o ex-presidente, preso em Curitiba onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro, irá falar menos sobre ele.
Também deve passar a usar mais as cores verde e amarelo no material de campanha, minimizando o vermelho que sempre caracterizou o partido. O discurso também será adaptado para tentar atrair os mais conservadores.
Segundo a Folha de São Paulo, “A sigla também vai alardear que o programa de Haddad converge com o que prega o cristianismo, principalmente no cuidado com os pobres. Outro mote são os costumes. O casamento de 30 anos será comparado ao histórico de ex-mulheres de Bolsonaro para dizer que, se há uma família tradicional na disputa, é a do petista”.
Um mapeamento das igrejas evangélicas que já fecharam com Bolsonaro também foi feito e Haddad busca aproximação com pastores e líderes de denominações que ainda não se posicionaram. Um encontro deve ocorrer na próxima semana, mas não foi divulgado quem estará presente.
Reconhecendo que o voto religioso foi importante para garantir os 46% de Bolsonaro no primeiro turno, além de pastores a coordenação da campanha de Haddad pediu um encontro nos próximos dias com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
O objetivo seria capitalizar em cima da declaração da entidade que os fiéis optem por nomes que “defendam a democracia”, um rótulo que Haddad tenta atrair para si. Talvez não seja tão fácil, uma vez que seu partido defendeu várias ditaduras nas Américas e na África quando estava no poder.

Bolsonaro tem mais que o dobro de votos de Haddad entre evangélicos

Análise de dados da pesquisa mostra preferência consolidada


Jair Bolsonaro e Fernando Haddad
Jair Bolsonaro e Fernando Haddad. (Foto: Divulgação / Montagem)
Na pesquisa mais recente publicada pelo Datafolha, a preferência dos eleitores evangélicos por Jair Bolsonaro (PSL) é mais que o dobro do que os que apoiam Fernando Haddad (PT).
Levando em conta somente os votos válidos (exclui brancos/nulos e indecisos), o capitão reformado tem 70% das intenções nesse segmento, e o petista os outros 30%. Ciente disso, o ex-prefeito de São Paulo vem procurando aproximação com pastores e igrejas que ainda não se posicioaram.


Já entre os católicos, Bolsonaro também vence, mas a margem é bem menor: 46% contra 40% de Haddad. Somados, evangélicos (31%) e católicos (55%) são o maior bloco religioso do Brasil.

Estratificação

pesquisa do Datafolha permite ainda que se olhe para o desempenho de Bolsonaro entre os pentecostais (63%). É desse grupo que veio o apoio da maior denominação evangélica do país: a Assembleia de Deus, com mais de 20 milhões de membros.
Pastores assembleianos conhecidos, como José Wellington Bezerra da Costa, do Ministério Belém, o maior de todos, e Silas Malafaia, do Vitória em Cristo, declararam apoio publicamente ao pesselista.
Entre os neopentecostais, advindos de igrejas como a Mundial do Poder de Deus, Bolsonaro é a escolha de 55% dos entrevistados. Edir Macedo apoiou Bolsonaro na reta final do primeiro turno, enquanto Valdemiro Santiago só aderiu depois de o resultado ser divulgado no último domingo.
Considerando o público das chamadas igrejas evangélicas tradicionais (batista, metodista, Presbiteriana), Bolsonaro tem 58%.
O Datafolha perguntou ainda se o endosso da evangélica Marina Silva (Rede) afetaria sua escolha. Apenas 12% indicaram que sim. Ela já disse que no segundo turno apoiará Haddad que, como ela, foi ministro de Lula.
A margem de erro do levantamento é de dois pontos para mais ou para menos. O Instituto ouviu 3.235 pessoas em 227 municípios do país nesta quarta-feira (10).