Haddad agora busca apoio de evangélicos e da CNBB
Mudança de estratégia para o segundo turno inclui afastar-se de Lula
Após uma avaliação da campanha no primeiro turno, onde teve 29,28% dos votos válidos, o Partido dos Trabalhadores já trabalha com uma mudança de estratégia. A primeira delas é tentar afastar a imagem do candidato Fernando Haddad de Lula. Além de parar de visitar o ex-presidente, preso em Curitiba onde cumpre pena por corrupção e lavagem de dinheiro, irá falar menos sobre ele.
Também deve passar a usar mais as cores verde e amarelo no material de campanha, minimizando o vermelho que sempre caracterizou o partido. O discurso também será adaptado para tentar atrair os mais conservadores.
Segundo a Folha de São Paulo, “A sigla também vai alardear que o programa de Haddad converge com o que prega o cristianismo, principalmente no cuidado com os pobres. Outro mote são os costumes. O casamento de 30 anos será comparado ao histórico de ex-mulheres de Bolsonaro para dizer que, se há uma família tradicional na disputa, é a do petista”.
Um mapeamento das igrejas evangélicas que já fecharam com Bolsonaro também foi feito e Haddad busca aproximação com pastores e líderes de denominações que ainda não se posicionaram. Um encontro deve ocorrer na próxima semana, mas não foi divulgado quem estará presente.
Reconhecendo que o voto religioso foi importante para garantir os 46% de Bolsonaro no primeiro turno, além de pastores a coordenação da campanha de Haddad pediu um encontro nos próximos dias com a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
O objetivo seria capitalizar em cima da declaração da entidade que os fiéis optem por nomes que “defendam a democracia”, um rótulo que Haddad tenta atrair para si. Talvez não seja tão fácil, uma vez que seu partido defendeu várias ditaduras nas Américas e na África quando estava no poder.
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